VIDA URBANA
Paralisação deixa 400 mil alunos sem aulas
Insatisfeitos pela retirada de duas gratificações, professores cobram elevação da gratificação e implantação do regime de 30 horas.
Publicado em 04/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:22
Os 1.200 professores da rede estadual estão com as atividades paralisadas desde ontem e alegam que não foram atendidos pela Secretaria de Educação acerca da implantação do piso integral nacional e da formulação do Plano de Educação Estadual. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintep-PB), mais de 400 mil alunos da Paraíba estão sem aulas até hoje.
Insatisfeitos ainda pela retirada de duas gratificações, a de estímulo à docência e à atividade pedagógica, que correspondem a 40% dos vencimentos, os professores ainda cobram elevação na gratificação dos gestores das escolas e a implantação do regime de 30 horas para os funcionários da Educação. De acordo com Edna Serafim, diretora do Sintep, o pagamento que o Estado faz apresenta defasagens para os professores. Ela ainda apontou que os membros do governo que fazem parte do Conselho de Educação ainda não realizaram nenhuma reunião.
“A nossa categoria tem representação no conselho, mas como a maioria faz parte da equipe da secretaria, eles ainda não se dispuseram para começar a discutir a formação do Plano de Educação Estadual. E isso é muito ruim porque estamos começando a conhecer e discutir o Plano Nacional, mas ainda não estabelecemos nenhuma meta para a Paraíba. Sem falar na prática do governo que não paga o piso salarial”, atestou Edna Serafim. A diretora do Sintep confirmou que hoje à tarde em João Pessoa na sede do sindicato haverá mais assembleia para a categoria discutir se haverá outras paralisações. Já são três paralisações este ano.
A Secretaria de Educação da Paraíba emitiu nota reconhecendo o direito de mobilização da categoria, mas determinou que as escolas devem repor as aulas para garantir os 200 dias letivos previstos na Lei de Diretrizes e Base (LDB) e evitar prejuízo aos alunos.
O documento ainda explica que as gratificações apontadas estão sendo pagas de acordo com a lei e que o Estado paga o salário base ao professor de R$ 1.273,03, mais uma bolsa desempenho que varia de R$ 265,00 a R$ 610,00, num total de R$ 1.538,03, para uma carga horária de 30 horas semanais, o que é proporcional ao piso nacional de R$ 1.697,00 para 40 horas semanais.
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