VIDA URBANA
Passageiros têm opiniões divergentes sobre o assunto
Para alguns usuários, a isenção no pagamento da tarifa, não deveria ser extensiva para tantos grupos.
Publicado em 29/02/2012 às 6:30
Nas ruas, o assunto divide a opinião das pessoas. A pedagoga Joseane Soares concorda com a gratuidade concedida a idosos e portadores de deficiências. Mas não aprova que o benefício seja estendido a policiais militares, bombeiros, carteiros, empregados das empresas de ônibus e oficiais de justiça.
“Eles deveriam entrar pela porta traseira dos coletivos e pagar a passagem. São funcionários iguais a gente e deveriam receber vale-transporte. Poderiam até ter um desconto e, em vez de pagar R$ 8% pelo vale-transporte, poderiam pagar 7% ou menos, mas nunca andar de graça”, comenta.
O vendedor ambulante Severino Ramos também acha injusta a concessão do benefício às seis categorias profissionais. “Eu sou autônomo e não tenho renda fixa e gasto R$ 100 por mês só para trabalhar de ônibus. Já esses funcionários que recebem isso têm salário certo no final do mês e poderiam pagar pela passagem de ônibus, como todo mundo paga”, declarou.
Para o aposentado Agenor Antônio, 65 anos, a gratuidade é motivo de orgulho e alívio nas finanças. Ontem, ele estava no Terminal Rodoviário de João Pessoa, esperando pelo embarque para o município de Piancó. “A passagem custa R$ 60, mas eu peguei de graça. Eu acho isso certo, porque a gente trabalha a vida toda e, quando se aposenta, recebe uma renda pequena, que se acaba com os remédios”, disse.
O aposentado José Vieira, de 74 anos, já utiliza a gratuidade nos transportes há 10 anos e lembra que o atendimento aos idosos e deficientes “não é melhor por conta dos motoristas que quando percebem que a pessoa tem a gratuidade, eles não querem parar. Quando os motoristas nos veem dão arrancadas bruscas para a gente cair”, considerou.
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