VIDA URBANA
Passarela vira atração em CG
Passarela construída com garrafas pet e instalada no Açude Velho será aberta para visitação nesta terça-feira (15).
Publicado em 15/05/2012 às 6:30
A partir da manhã de hoje estará aberta para visitação e travessia do público uma passarela ecologicamente correta instalada no Açude Velho, em Campina Grande, construída com madeira, arame e garrafas pet. A concretização desse projeto foi da equipe coordenada pelo artista plástico Jerrier Alves, que, após 2 meses de muito trabalho, presta uma homenagem a Roldão Mangueira, líder do movimento Borboletas Azuis de Campina Grande. A ponte tem 147 metros de comprimento, pesa 1.400 quilos, tem 160 metros de tela de arame, cinco mil quilos de arame, 500 metros de madeira de reflorestamento e mais de oito mil unidades de garrafa pet. A visitação acontecerá até o próximo domingo.
Sensibilizado ao “pagamento de uma dívida” que a sociedade tem ao homenageado, Jerrier explicou que por muito tempo Roldão foi ridicularizado por uma má interpretação após uma declaração.
Segundo o artista, a ideia de “andar sobre as águas”, proposta por Mangueira, era uma demonstração de fé, e não um poder que o mesmo queria reafirmar que tinha.
“Na década de 1970, Roldão Mangueira deu uma entrevista e as pessoas ficaram pensando que ele tinha esse poder (de andar sobre as águas). Então nós queremos lembrar de uma pessoa que tinha uma fé muito grande e que dizia que se fosse da vontade de Deus conseguiria sim andar sobre as águas. Assim como Canudos tem sua importância na Bahia, acreditamos que os 'Borboletas Azuis' devem ser lembrados em Campina Grande, daí nossa inspiração”, explicou.
Além dessa lembrança histórica, Alves também coloca em primeiro plano a mensagem ecológica que a instalação artística também transmite. Segundo ele, não há apenas um sentido artístico na informação, mas sim uma mensagem social de preocupação com o meio ambiente. “O que está exposto não é apenas o sentido artístico, a informação é muito maior do que isso. Nós queremos que as pessoas vejam que elas estão andando literalmente sobre as águas, por isso as telas de arame envolvendo as garrafas pet. A sociedade também precisa compreender o sentido de uma obra ecológica”, apontou.
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