VIDA URBANA
Patrick Gouveia é transferido de presídio na Espanha após ameaças de morte
Jovem estaria sendo ameaçado por latino-americanos. Em Alcalá Meco, ele passou por medida anti-suicídio.
Publicado em 23/11/2016 às 12:17
François Patrick Nogueira Gouveia, o assassino confesso de uma família paraibana em Pioz (Guadalajara), foi transferido para o presídio de Estremera, na província de Madri, segundo o portal de notícias da emissora Antena3. Antes, ele estava no presídio de Alcalá Meco, na mesma região, para garantir sua segurança. A informação foi divulgada após Patrick passar sua primeira noite na prisão de Estremera.
Com isso, o sistema penitenciário espanhol cumpre com o pedido do juiz que solicitou medidas de segurança máxima "para garantir a integridade sobre si mesmo e sobre terceiros". Ainda segundo o portal Antena3, a prisão de Alcalá Meco, onde Patrick chegou no dia 21 de outubro, tem um programa dedicado a presidiários de origem latina, o que caracterizaria o local como duvidoso para garantir a segurança do jovem, no entendimento da Justiça espanhola.
Segundo Walfran Campos, tio de Patrick, o jovem estava recebendo ameaças de morte de latino-americanos presos no presídio de Alcalá Meco. "Ele foi transferido porque os latinos queriam matar ele, e aí ele foi para outro presídio porque corria risco de vida", afirmou Walfran.
Durante este mês que Patrick ficou recluso no presídio de Alcalá Meco, foi aplicado um protocolo anti-suícidio sobre ele, com o objetivo do aumento de sua segurança. Depois de confessar o crime, o juiz ordenou a sua prisão preventiva, sem fiança para os assassinatos de seus tios, Marcos Campos Nogueira e Janaina Santos Américo, e dos filhos do casal, uma criança de 1 e outra de 3 anos.
Durante seu depoimento no tribunal Patrick confessou os crimes, mas não revelou as motivações. Ele também disse o mesmo em suas declarações anteriores à Guarda Civil. O juiz ordenou a saída imediata do presídio de Alcalá Meco para tomar medidas extras a cerca da segurança do jovem.
Relembre o caso
Os corpos da família paraibana foram descobertos no dia 18 de setembro. As autoridades foram alertadas por um vizinho 'que percebeu o odor' vindo da residência.
Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. E François Patrick Nogueira Gouveia foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime.
Após se entregar na Espanha, Patrick confessou ser de fato o autor do crime. Em depoimento, ele não revelou os motivos que fizeram com que ele cometesse o assassinato, disse apenas que “sentiu uma ódio incontrolável e uma vontade de matar”.
No final de outubro, surpreendentemente, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. A prisão preventiva de Marvin Henriques Correia foi pedida pelo Ministério Público, que acredita que o jovem de 18 anos participou do crime, mesmo à distância.
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