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VIDA URBANA

PB: Bolsa Família reduz insegurança alimentar

As formas mais graves da insegurança alimentar também são amenizadas com o recebimento do benefício.

Publicado em 14/07/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:29


Um estudo coordenado pelo professor Rodrigo Vianna, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mostrou que a transferência de renda através do programa social Bolsa Família, do Governo Federal, contribui para a melhoria da segurança alimentar no interior da Paraíba. As formas mais graves da insegurança alimentar também são amenizadas com o recebimento do benefício.

Antes de detalhar o estudo, é importante explicar que o termo insegurança alimentar vai desde a preocupação com a substituição de alimentos (por aqueles mais baratos) e a falta propriamente dita. Também está relacionada a hábitos e cultura e à inserção na sociedade de forma aceitável pelas pessoas. A insegurança alimentar representa um desafio para os gestores públicos e afeta principalmente de baixa renda. De acordo com a Lei de Segurança Alimentar e Nutricional, a insegurança alimentar pode ser detectada a partir de diferentes problemas como fome, obesidade, doenças associadas à má alimentação, consumo de alimentos de qualidade duvidosa ou prejudicial à saúde, etc.

De acordo com Vianna, em São José dos Ramos, no ano de 2005, 21% das famílias apresentavam insegurança alimentar severa. Seis anos mais tarde, em 2011, a porcentagem caiu para 8,6%. “Decidimos traçar um diagnóstico aqui no Estado especialmente pela reconhecida situação de pobreza de grande parte da população”, explicou. O grupo de estudiosos conseguiu um novo financiamento em 2011 e voltou a dois dos 14 municípios visitados inicialmente para verificar se a situação tinha ou não melhorado.

Os municípios visitados em 2005 foram: Boqueirão, Queimadas, Umbuzeiro, Aroeiras, Itabaiana, São José dos Ramos, Areial, Esperança, Bananeiras, Cacimba de Dentro, Araruna, Nova Floresta, Bernardino Batista e Picuí. Em 2011 o grupo retornou aos municípios de Nova Floresta e São José dos Ramos. A escolha se deu porque essas cidades foram selecionadas, em 2003, pelo programa Fome Zero, para receber os benefícios.

O professor disse que as famílias que recebem o Bolsa Família nessas cidades geralmente são as que apresentam maior grau de insegurança alimentar. Segundo Vianna, durante o estudo foi possível observar que as famílias que recebiam o benefício social apresentavam uma situação melhor do que as que não recebiam.

Diante dessa realidade, na avaliação do professor, o impacto do programa é positivo.

Seis anos após a primeira análise, o grupo observou que as famílias que receberam o benefício tiveram melhora na segurança alimentar. “Seja diminuindo o nível de insegurança ou passando à situação de segurança alimentar”, frisou. Além do recebimento do Bolsa Família, a participação em atividades de produção de alimentos ou criação de animais, somado ao aumento da renda familiar, também foram fatores que contribuíram para essa melhoria.

Na comunidade do 'S', em João Pessoa, a reportagem encontrou duas famílias que recebem o benefício. Uma foi a de Gerlane Barbosa, que tem duas filhas e recebe mensalmente o valor de R$ 134 pelo Bolsa Família. Ela disse que boa parte desse dinheiro é usada para comprar alimentos. O restante, segundo ela, é empregado na compra de remédios ou material escolar, quando precisa. “O valor é muito pouco, mas ajuda colocar comida na mesa”, afirmou.

Na casa de Nadja Martins da Silva, que também tem dois filhos e recebe R$ 134 pelo Bolsa Família, o benefício não é usado para a alimentação, mas ela garantiu que o dinheiro é destinado a necessidades dos filhos. “Só uso o dinheiro para comprar coisas para eles. Deus me livre usar o Bolsa Família para outros fins”, declarou Nadja.

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Jornal da Paraíba

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