VIDA URBANA
PB é o Estado com maior índice de desertificação
Desmatamento e a substituição da vegetação nativa por outra cultivada, de ciclo e porte diferentes, são a principal causa do problema.
Publicado em 12/03/2013 às 6:00
Como o Estado que possui, proporcionalmente, a maior extensão de área comprometida pela desertificação (71% do seu território), a Paraíba viu a degradação do solo e a erosão se tornarem um dos principais problemas da região do semiárido paraibano, conforme consta no Relatório de Atividades de 2012 do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). O desmatamento e a substituição da vegetação nativa por outra cultivada, de ciclo e porte diferentes, são a principal causa do problema. Realidade semelhante à de vários outros estados nordestinos.
Na tentativa de amenizar o problema, o INSA vem desenvolvendo um sistema de monitoramento da desertificação para viabilizar a implantação de sistemas agroflorestais que aumentem em até 150% os níveis de matéria orgânica e nutrientes no solo, bem como a produtividade da biomassa e biodiversidade, além da formação de “ilhas de fertilidade” ao redor de árvores isoladas e a implantação de sistemas agrossilvipastoris.
O trabalho de monitoramento recebeu a ajuda do sistema micrometeorológico de balanço de energia em uma área da caatinga, que foi instalado na Estação Experimental do INSA, localizado na Fazenda Lagoa Bonita, no Sítio Salgadinho, em Campina Grande. De acordo com o relatório do INSA, a degradação de terras na região semiárida deve ser entendida como uma prioridade para o país. Portanto, como consta no relatório do instituto, “projetos que almejem uma ação efetiva no monitoramento e na organização de sistemas produtivos inovadores devem ser fortemente orientados”.
Nesse sentido, no ano passado, o INSA promoveu, na Paraíba, várias ações que contribuíram com a qualidade e quantidade da produção, baseados na convivência sustentável. Exemplo destas ações foram a potencialização e conservação da raça de gado curraleiro pé-duro como alternativa para a pecuária do semiárido.
Também foi promovida a revitalização da cultura da palma forrageira, com a implantação de três campos de pesquisa com as variedades de palma resistentes à cochonilha do carmim, nos municípios de Campina Grande, Bonito de Santa Fé e Soledade.
Os resultados destas ações, conforme mostra o relatório, vêm sendo positivos e, por isso, tais iniciativas vão ser fomentadas este ano.
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