VIDA URBANA
PB é terceiro no NE em delegacias da mulher
Paraíba tem nove Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, e é o terceiro Estado do Nordeste em número de unidades.
Publicado em 01/12/2012 às 6:00
A Paraíba é o Estado do Nordeste com a terceira maior quantidade de Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs). São nove unidades instaladas na área, perdendo apenas para o Maranhão, onde há 18 distritais; e para a Bahia, que tem 15.
Os dados são da rede de proteção à vítima de violência doméstica, criada pelo governo federal. O funcionamento das delegacias é uma das principais estratégicas de combate aos maus tratos ocorridos dentro de casa.
As nove unidades da Paraíba funcionam nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras, Sousa, Santa Rita, Cabedelo, Patos, Guarabira e Bayeux. Os trabalhos nesses locais ocorrem de forma ininterrupta. Além de apoio policial, as vítimas recebem assistências jurídica, social e psicológica.
Em João Pessoa, a delegacia é procurada, em média, por 40 pessoas todos os dias, segundo informações da delegada Renata Matias. Ela explica que a maior parte desse público é formada por mulheres que estão sofrendo algum tipo de violência dentro de casa. O serviço também é procurado por homens que estão vivenciando o mesmo problema, mas não faz atendimento a esse grupo.
“Como a delegacia tem a prerrogativa de atender exclusivamente a mulher vítima, quando recebemos casos de homens que estão sofrendo maus tratos da companheira, os encaminhamos para a delegacia que estiver mais perto da residência desse casal”, explica.
Na DEAM da capital, as mulheres são ouvidas e assistidas pela equipe. Para permitir que as vítimas fiquem menos constrangidas, a maior parte do efetivo é composta por mulheres. São duas delegadas, três escrivãs, três agentes de investigação e uma psicóloga. Há apenas quatro policiais do sexo masculino trabalhando no local, que garantem a segurança do serviço.
“Muitas mulheres vêm aqui apenas para receber informações. Procuramos ouvir o relato delas para saber quais providências precisam ser adotadas”, diz a delegada.
“Se percebermos que alguma pessoa está sofrendo ameaças e ocorrendo risco, oferecemos a ela alguma medida protetiva, que pode ser a determinação para que o agressor saia de casa ou que se mantenha distante da agredida”, completa Renata.
Outra assistência que é oferecida pela Delegacia da Mulher é o encaminhamento das vítimas para um abrigo, que fica em endereço sigiloso e desconhecido até dos policiais. De acordo com a delegada, a mulher que está sob ameaças já sai da delegacia direto para o local secreto.
Se ela precisar recolher documentos ou objetos pessoais na mesma casa onde está o agressor, recebe a escolta dos agentes civis. “Em casos ainda mais graves, a delegada solicita a prisão do agressor”, destaca Renata.
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