VIDA URBANA
PB está no ranking de mais mortes por cocaína e fumo
Cajazeiras,Catolé do Rocha e Riacho dos Cavalos aparecem em uma lista de 50 cidades.
Publicado em 07/02/2012 às 7:00
Três municípios da Paraíba estão na lista das 50 cidades com as maiores taxas de mortalidade pelo uso de tabaco e cocaína no país. Na relação com dados sobre fumo aparecem Cajazeiras e Catolé do Rocha, ambas no Sertão paraibano, distantes mais de 400 quilômetros de João Pessoa. Enquanto na lista com taxas de mortalidade pelo uso de cocaína aparecem Riacho dos Cavalos e novamente Cajazeiras, também no Sertão.
Os dados se referem ao período de 2006 a 2010 e foram feitos pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com base nos registos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
O uso de fumo matou 4.625 pessoas no país entre 2006 e 2010.
O estado campeão de mortes de usuários é o Rio Grande do Sul, com 380 mortes no período pesquisado e a taxa de óbitos pelo tabaco é de a 0,36 para cada mil pessoas. A seguir aparecem Piauí e Rio Grande do Norte, ambos com 0,33/mil, e 130 e 87 óbitos respectivamente. A Paraíba está na 5ª posição no ranking, com 159 óbitos, tendo uma taxa de 0,027 mortes para cada mil habitantes.
Os dados apontam que adultos e idosos (40 anos a 80 anos) são as principais vítimas do tabaco. Dentro desse grupo de risco, o maior número de óbitos ainda se concentra no sexo masculino, com um total de 3.044 mortes no período pesquisado. Já em relação ao sexo feminino esse número é duas vezes menor, um total de 1.305 óbitos em consequência do tabagismo.
Em se tratando de drogas ilícitas, o uso de cocaína causou a morte de 354 pessoas no país entre 2006 e 2010. A Paraíba tem a terceira maior taxa de mortalidade por uso e abuso de cocaína do país, com índice de 0,012 mortes para cada mil habitantes. Contudo, o Estado tem apenas dois municípios na lista dos 50 com maiores taxas de mortalidade. Quem lidera o ranking é Piauí com 0,020 para cada mil habitantes, e, em segundo lugar está o Pará com 0,017 para cada mil habitantes, segundo o estudo da CNM.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, há uma urgente necessidade de combater o problema das drogas nos municípios. “E não se está fazendo isso”, afirma. Ziulkoski ressalta que o país precisa ver que a política de prevenção do uso de drogas é precária. “A situação é alarmante”, opina.
A secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Aparecida Ramos, destaca que “a droga é uma questão de saúde pública”. Na Paraíba, 726 leitos em hospitais gerais e psiquiátricos estão aptos a realizar o primeiro atendimento ao usuário de drogas. Após a fase crítica, o usuário é encaminhado para tratamento em Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).
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