VIDA URBANA
PB fica sem 10 mil hectares de floresta anualmente
Cerca de 90% da lenha retirada na Paraíba é de corte irregular; extração desordenada representa sério risco para o meio ambiente no estado.
Publicado em 27/07/2012 às 6:00
A exploração de forma desordenada da vegetação do território paraibano tem causado prejuízos quase irreversíveis ao meio ambiente. Dados coletados em 2011 pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), que é vinculado ao Serviço Florestal Brasileiro e ao Ministério do Meio do Ambiente, apontam que anualmente são retiradas das matas da Paraíba uma média de 1 milhão de metros cúbicos (m³) de lenha. Desse total cerca de 90% trata-se de corte irregular, sem nenhuma preocupação com o manejo sustentável. Isso equivale a 900 mil m³ do produto.
A atividade irregular causa sérios danos ao meio ambiente e conforme estimativa do chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal Brasileiro, Newton Duque Estrada, a Paraíba perde anualmente cerca de 10 mil hectares (ha) de florestas em decorrência da extração de lenha. As regiões do Cariri e Sertão são as mais prejudicadas.
Newton acrescenta que a devastação desenfreada já começa a apresentar as primeiras consequências contribuindo para a aceleração do processo de desertificação na região. “Com essa ação dos desmatadores o solo perde a qualidade, provoca o assoreamento dos rios e contribui para a extinção de várias espécies animais”, disse Newton.
Com o intuito de minimizar o problema, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima se uniram e vão oferecer recursos de R$ 3 milhões para os estados do Nordeste, e a Paraíba poderá enviar projetos para concorrer para a captação de parte desses recursos.
Para o Estado, serão liberados recursos destinados a práticas de manejo sustentável nos assentamentos da Paraíba e no setor de cerâmica da região do Vale do Sabugi. Os projetos poderão ser enviados por instituições públicas e ONGs até o dia 12 de agosto. Mais informações podem ser obtidas no site www.florestal.gov.br. (Colaborou Luzia Santos)
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