VIDA URBANA
PB reduz número de queimadas e é o segundo com menos registros
Estatísticas do Inpe revelam que houve uma redução de queimadas no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado.
Publicado em 12/08/2015 às 6:00
A Paraíba é o segundo Estado do Nordeste que menos registrou queimadas de 1º de janeiro deste ano até a última segunda-feira, segundo dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Estado, que teve 84 casos contabilizados no período, só ficou atrás do Rio Grande do Norte, que teve 80 registros. Apesar disso, as queimadas são preocupantes, já que as causas da maioria dos incêndios são humanas, segundo o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar da Paraíba (CBM-PB).
As estatísticas do Inpe revelam que houve uma redução de queimadas no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 121 incêndios, o que representa uma queda 30,5%.
Em relação aos registros deste ano, o Estado do Maranhão lidera o ranking do número de queimadas entre os Estados nordestinos, com 5.192 incêndios, seguido pelo Piauí, que teve 1.954 casos, Bahia, com 1.760, e Ceará, que teve 343 queimadas contabilizadas no período. Depois aparecem os Estados de Pernambuco (266), Alagoas (242), Sergipe (182), Paraíba (84) e Rio Grande do Norte (80).
Para o titular da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBM-PB), capitão Marcone Osório, as causas da maioria dos incêndios são humanas, onde a população, por falta de orientação, ainda utiliza a forma arcaica de queimadas controladas para limpeza de determinadas áreas. “Com isso, a falta de técnica de controle na realização dessas queimadas, o fogo que deveria estar em local isolado se espalha, transformando o mesmo em incêndio, provocando danos materiais e ceifando vidas presentes na localidade”, disse.
O oficial ressaltou que a Lei dos Crimes Ambientais nº 9.605/98 prevê pena de reclusão e multa para aqueles que provocarem incêndio em floresta ou mata.
Para que se evite tais sanções, a população deve procurar o órgão ambiental ou de manutenção local e competente no intuito de buscar informações de como legalizar tais procedimentos, ou solicitando a limpeza dos terrenos, se necessário e passível da competência pública, segundo o militar. “Em propriedades particulares a manutenção deve ser feita sem a utilização do fogo para evitar as queimadas sem controle”, frisou.
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UNIÃO DE ESFORÇOS
Conforme o capitão Marcone, os órgãos públicos devem unir esforços e procurar mecanismos de orientação e modos de evitar essas queimadas descontroladas, pois, além dos prejuízos à fauna, flora e do empobrecimento do solo, devido ao grande número de ocorrências, “estamos utilizando uma quantidade considerável de água para combater os focos de incêndio, em um período de crise hídrica como que enfrentamos na maior parte do Estado”.
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