VIDA URBANA
PB tem 14 cidades em alerta para dengue
Levantamento foi realizado em janeiro pelo Ministério da Saúde, e mostra que Araçagi e Cajazeiras concentram maior porcentagem dos focos.
Publicado em 28/02/2013 às 6:00
A Paraíba tem 14 cidades em situação preocupante para incidência de novos casos de dengue. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro deste ano pelo Ministério da Saúde, e mostra que as cidades de Araçagi e Cajazeiras concentram a maior porcentagem dos focos de reprodução do mosquito no Estado. Já outras 12 cidades estão em situação de alerta.
A pesquisa foi realizada em 983 municípios brasileiros e serve para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue. Na Paraíba, foram 45 municípios participantes, dez cidades a mais do que no ano anterior, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A situação mais crítica foi a encontrada na cidade de Cajazeiras, no Sertão do Estado, cujo índice de concentração das larvas foi de 10,3, em uma escala em que um índice maior que 4 já é considerado de alto risco de epidemia.
A outra cidade mais afetada foi Araçagi, na região do Agreste, com índice de 4,9. A gerente executiva de vigilância em saúde da SES, Thalita Tavares, informou que a secretaria vai intensificar as ações de combate ao vetor e qualificar os agentes ambientais para o trabalho de campo, conforme as recomendações da LIRAa.
“Os dois municípios com índice de infestação alto são também os que registram muitos casos de dengue graves e com óbitos. Nós já disponibilizamos o carro fumacê e intensificamos o trabalho de campo. Também precisamos que a população se conscientize, juntamente com os gestores, para combater a doença, por meio de ações educativas”, reforça.
As cidades de Alagoinha, Camalaú, Campina Grande, Caturité, Cuitegi, Guarabira, Monteiro, Mulungu, Parari, Santa Rita, São João do Cariri e São José dos Cordeiros foram classificadas no levantamento como em situação de alerta. De acordo com Thalita Tavares, nestes municípios, as ações de controle do foco devem ser monitoradas para evitar o surgimento de novos casos. “Temos que manter as ações que estão sendo feitas e qualificar os profissionais. Além das campanhas, que devem ser constantes. É um estado de vigilância”.
Outro parâmetro avaliado pelo LIRAa são as cidades que alcançaram índice satisfatório. João Pessoa figura entre as capitais que oferecem baixa concentração das larvas do Aedes aegypti, com o índice de 0,6. Ainda no Estado as cidades de Cabedelo (0,8), Serra Branca (0,4) e Sumé (0,8) também alcançaram o mesmo resultado. Nos outros 27 municípios paraibanos consultados pela pesquisa não foi constatada presença do foco do mosquito.
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