VIDA URBANA
PB tem 59 casos de hepatite A
De acordo com a SES municípios com maior número de casos em 2013 foram Campina Grande, Pocinhos, Tacima e Arara.
Publicado em 10/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:48
A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Na Paraíba, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram confirmados no ano passado, 409 casos da doença e este ano, mais 59, até o dia 7 deste mês.
Campina Grande foi a cidade com maior número da doença em 2013 e 2014, com 59 casos e 16 casos, respectivamente. João Pessoa registrou 15 casos da doença em 2013 e mais 13 casos este ano.
De acordo com a SES, os municípios com maior número de casos em 2013, além de Campina Grande, foram Pocinhos com 46, além de Tacima e Arara, cada um com 22 casos. Este ano, Campina Grande também se destaca em primeiro lugar, seguido de João Pessoa, com 13 casos, e Teixeira, com sete casos.
Conforme Rosa Maria Monteiro, do Núcleo de DST/AIDS e Hepatites Virais da SES, o levantamento depende dos dados que são digitados no sistema e que são repassados pelos municípios.
“Mas muitas vezes os surtos de hepatite A são informados verbalmente, porém ainda não estão digitados, a exemplo do surto de Juazeirinho (onde está sendo realizada uma coleta da água para análise), agora em 2014”, contou. Ela explicou que o Estado faz um monitoramento mensal das notificações, com o objetivo de identificar os que estão com notificações acima da média mensal prevista, pois pode ser sugestivo de surto de hepatite A (se o registro do último mês estiver acima da média em 65%, da registrada no último ano) e encaminha a todas as gerências regionais de saúde para que façam contato com seus respectivos municípios e intensifiquem as ações de prevenção e controle.
“As ações da vigilância epidemiológica são feitas em conjunto com a vigilância ambiental para que sejam colhidas as amostras de água para análise e desta forma possa ser identificada a fonte de infecção e o surto possa ser controlado”, acrescentou.
Rosa Maria contou que não existe um tratamento específico, sendo a hepatite A uma doença de evolução benigna, evoluindo em apenas 1% dos casos para a hepatite fulminante. Ela também informou que a doença geralmente não apresenta sintomas, porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
“Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção”, frisou. Segundo ela, o diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos Anti-HAV IgM, sendo que após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. Conforme disse, o acompanhamento e tratamento na maioria dos casos são realizados nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), exceto nos raros casos que evoluem com sinais de gravidade, que são encaminhados para os hospitais de referência. “Em João Pessoa são referência o Hospital Universitário Lauro Wanderley e Complexo Hospitalar Clementino Fraga e, em Campina Grande, o Hospital Universitário Alcides Carneiro”, disse.
O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a gerência de Atenção Básica de Campina Grande, mas não conseguiu resposta.
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