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VIDA URBANA

PB tem alta taxa de mortalidade

Estado possui a quarta maior taxa de mortalidade entre adolescentes na faixa etária dos 12 aos 19 anos; os dados são da Unicef.

Publicado em 14/12/2012 às 6:00


Na Paraíba, em cada mil adolescentes de 12 anos de idade, 6,1 serão assassinados antes de completar 19 anos de vida. É a quarta maior taxa de mortalidade, nessa faixa etária, prevista no Brasil, inferior apenas à encontrada em Alagoas (9,1), na Bahia (7,9) e no Espírito Santo (6,5). É o que revela a pesquisa “Homicídios na Adolescência do Brasil”, divulgada ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Organização Não Governamental 'Observatório de Favelas” e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

O estudo traçou o Índice de Homicídios de Adolescentes (IHA) dos Estados e de 283 municípios brasileiros com população acima de 100 mil habitantes e apontou os locais em que essa faixa etária de pessoas corre mais risco de ser assassinada.

Para isso, os pesquisadores usaram dados sobre mortes de adolescentes registradas em unidades de polícia científica e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Datasus, do Ministério da Saúde. Ao fim do trabalho, eles constataram que homicídio é a principal causa de óbitos entre adolescentes, representando até 45,2% das mortes que ocorreram, entre pessoas dessa faixa etária, em 2010, no Brasil.

De acordo com a pesquisa, adolescentes correm risco 5,6 vezes maior de serem mortos por arma de fogo do que por qualquer outro objeto. Ainda foi constatado que os adolescentes do sexo masculino estão 11,5 mais vulneráveis a serem assassinados que as mulheres e que os negros têm risco 2,78 vezes superior aos brancos de serem vítimas de homicídios.

Os pesquisadores compararam os óbitos registrados entre os anos de 2009 e 2010 e descobriram que, nesse período, o IHA aumentou em 1,3 ponto na Paraíba. Em 2009, a estimativa era que 4,8 adolescentes de 12 anos fossem assassinados antes de completarem 19 anos, em cada grupo de mil pessoas nessa faixa etária. No ano seguinte, essa projeção aumentou para 6,1 mortes.

Assim como ocorreu no Estado, João Pessoa também apresentou aumento no IHA no período de 12 meses. Em 2009, a estimativa era que, em cada mil adolescentes de 12 anos, 5,50 fossem mortos antes de completar 19 anos de vida. Naquele ano, a estimativa feita pelos pesquisadores era que ocorressem 461 óbitos de pessoas entre 12 e 18 anos, em um período de sete anos. Já em 2010, tudo isso mudou. O IHA saltou para 6,87 e, com isso, passaram a ser esperadas 689 mortes entre jovens com idades de 12 a 18 anos até 2016.


Maior índice apresentado foi do NE

O que é o IHA
O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) faz parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL), criado em 2007, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), pelo (Unicef) e pelo Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

O objetivo do IHA é estimar o risco de mortalidade por homicídios na adolescência, especificamente na faixa dos 12 aos 18 anos.

Para isso, o índice expressa, para cada grupo de mil pessoas com idade de 12 anos, o número de adolescentes nessa idade inicial que serão vítimas de homicídio antes de completarem 19 anos.

No Brasil, o maior IHA foi apresentado pelo Nordeste. Na região, de cada mil adolescentes com 12 anos, 4,28 morrerão antes de completar 19 anos, caso as atuais condições socioeconômicas não sejam alteradas.

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Jornal da Paraíba

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