VIDA URBANA
PB tem média mensal de 63 casos de hanseníase
Dado supera a média mensal de 53,75, registrada em todo ano passado.
Publicado em 08/08/2014 às 6:00
A Paraíba registrou 378 casos de hanseníase no primeiro semestre deste ano, totalizando uma média mensal de 63 casos. O dado supera a média mensal de 53,75, registrada em todo ano passado. Em 2013, foram 645 pessoas com a doença, sendo deste total, 38 casos em crianças e adolescentes de 15 anos, os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Segundo a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Mauricelia de Mello Holmes, apesar da quantidade de casos da doença ser bastante representativa, a estimativa é que a média do ano passado se repita em 2014. Ela explica que a tendência é que a quantidade de pessoas com hanseníase seja igual ou inferior aos 645 casos de 2013.
“Ainda não temos dados referentes ao segundo semestre.
Tivemos 378 casos nos primeiros seis meses. Apesar de já termos essa quantidade de registros da doença, todos os anos, quase que repetimos a média do ano anterior, a tendência é igualar à média do ano passado ou tornar a deste ano inferior”, relatou.
Mauricelia de Mello explicou que apesar do relevante número notificado até o momento, existe um trabalho de conscientização que vem sendo feito todos os anos nas escolas. O objetivo é alertar famílias e educadores para a importância do diagnóstico precoce.
“Estamos realizando constantemente visitas às escolas de todo o Estado, dando palestras, promovendo exames, diagnósticos. Tentamos conscientizar as crianças e os pais, para que a doença seja detectada no início”, ressaltou.
O público alvo da doença são jovens adolescentes maiores de 15 anos de idade. No entanto, nos últimos anos, muitos casos de hanseníase vêm sendo diagnosticados com maior frequência em crianças.
“Registramos em maior quantidade, casos de hanseníase em um público maior de 15 anos, mas nos últimos anos, verificamos aumento no número de casos em um público de menores de 15 anos”, esclareceu Mauricelia de Melo.
A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e pode ser transmitida pelas vias respiratórias superiores, por meio do contato com secreções, através da tosse e do espirro.
Dentre os principais sintomas da doença são os caroços, placas em qualquer local do corpo, manchas brancas ou avermelhadas, em alguns casos, acompanhadas da perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, bem como, áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da sudorese.
De acordo com Mauricelia de Melo, 90% da população já nasce com resistência natural à doença e acaba não se contaminando. A hanseníase tem um alto potencial de cura, estima-se que em 100% dos casos, as pessoas conseguem se curar. “A doença é transmitida pelo contato direto com uma pessoa multibacilar", destacou.
Comentários