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VIDA URBANA

Paraíba tem queda em transplantes de órgãos no 1º semestre de 2019

Números foram divulgados pelo Ministério da Saúde.

Publicado em 29/09/2019 às 14:20 | Atualizado em 30/09/2019 às 18:05


                                        
                                            Paraíba tem queda em transplantes de órgãos no 1º semestre de 2019
Foto: Divulgação

A Paraíba registrou uma queda no número de transplantes de órgãos registrados no primeiro semestre de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 98 procedimentos entre janeiro e junho deste ano, contra 113 em 2018. Uma redução de 13,2%. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde.

Nacionalmente, também houve uma pequena redução no período comparativo entre 2019 e 2018, indo de 13.291 para 13.263. De acordo com o Ministério da Saúde, por outro lado houve um crescimento nos transplantes considerados de maior complexidade, como medula óssea (que cresceu 26,8%) e coração (com 6,3% a mais).

Na Paraíba, no casos de medula e coração não houve mudança no patamar de um ano para o outro, já que não foi registrado esse tipo de procedimento em nenhum dos dois períodos. O transplante que mais cresceu no estado foi o de fígado de pacientes já falecidos, que pulou de zero para 9. Já a maior redução foi de transplante de córnea, caindo de 97 para 77. (veja a tabela completa abaixo)

Transplantes realizados 1º semestre 2018 ParaíbaTransplantes realizados 1º semestre 2019 Paraíba
Coração - 0Coração - 0
Fígado vivo - 0Fígado vivo - 0
Fígado falecido - 0Fígado falecido - 9
Pulmão vivo - 0Pulmão vivo - 0
Pulmão falecido - 0Pulmão falecido - 0
Rim vivo - 6Rim vivo - 4
Rim falecido - 10Rim falecido - 8
Pâncreas - 0Pâncreas - 0
Pâncreas rim - 0Pâncreas rim - 0
Córnea - 97Córnea - 77
Medula Óssea – 0Medula Óssea – 0
TOTAL - 113TOTAL - 98

Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.

De acordo com o diretor da Central de Transplante da Paraíba, Luiz Gustabvo César, cerca de 75% dos transplantes possíveis no estado não se realizam por negativa da família. A informação foi divulgada no começo de setembro durante uma audiência na Assembleia Legislativa.

Campanha

E é justamente a conscientização sobre a importância da doação de órgãos o foco de uma camapnha lançada, na sexta-feira (27), pelo Ministério da Saúde. O slogan da campanha é ‘A Vida Continua. Doe órgãos. Converse com sua família’.

“Nós estamos aqui com uma missão, que é aumentar o número de transplantes e sensibilizar as pessoas para que sejam doadoras de órgãos. E a melhor forma de fazer isso, é dar voz a quem sentiu na pele o que é ser doador e de receber um órgão”, afirmou o ministro da Saúde interino, João Gabbardo.

Quais são os tipos de doador?

O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.

O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

Imagem

Jhonathan Oliveira

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