VIDA URBANA
Paraíba volta a registrar caso de raiva humana após cinco anos
Paciente de 68 anos está em estado grave no HU de João Pessoa.
Publicado em 25/06/2020 às 18:32 | Atualizado em 26/06/2020 às 8:32
Um caso confirmado de raiva humana na Paraíba, registrado na quarta-feira (24), fez com que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) publicasse nesta quinta-feira (25), um documento com medidas de prevenção. A vítima é uma mulher de 68 anos, que mora em Riacho dos Cavalos, no Sertão da Paraíba. Há cinco anos, o estado não apresentava nenhuma ocorrência deste tipo de doença.
Segundo a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES, a mulher foi mordida na mão por uma raposa, no dia 8 de abril. No dia seguinte, ela procurou uma Unidade Básica de Saúde em Riacho dos Cavalos, mas não houve registro do atendimento. Um mês depois, no dia 10 de junho, ela deu entrada no hospital da cidade de Catolé do Rocha, também no Sertão, apresentando sintomas de raiva humana.
No mesmo dia, a mulher foi transferida para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. A Gerência Executiva de Vigilância em Saúde informou que “a paciente encontra-se com quadro clínico grave, porém estável, entubada e mesmo com sedação apresentou movimentos de membros, espasmos e disautonomia”.
“Trata-se de uma doença extremamente aguda e com letalidade de 99,9%. Com base em orientações do Ministério da Saúde, a SES alerta a população para que redobre os cuidados preventivos, principalmente no trato de cães e gatos domiciliados, semi-domiciliados e de rua, além de outros animais como bois, porcos e cavalos. É muito importante evitar ao máximo os acidentes com esses animais e animais silvestres”, alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.
No Brasil e no mundo, os cães ainda são considerados responsáveis por mais de 90% da exposição do homem ao vírus da raiva e por mortes em seres humanos pela doença.
“No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Se for uma possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão ou outro detergente, em seguida antissépticos. A limpeza cuidadosa tem que ser feita o mais rápido possível após a agressão e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido”, orientou o chefe do Núcleo de Zoonoses da Secretaria, Francisco de Assis Azevedo.
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