VIDA URBANA
Pediatras pedem fim da lei que obriga o 'Teste da Linguinha'
Solicitação foi feita esta semana ao Ministério da Saúde.
Publicado em 20/04/2019 às 16:43 | Atualizado em 22/04/2019 às 11:40
Nesta semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) solicitou ao Ministério da Saúde a anulação da lei que obriga hospitais e maternidades a fazerem o Teste da Linguinha em crianças nascidas em suas dependências. Este protocolo é obrigatório segundo a Lei nº 13.002/2014, sendo um procedimento utilizado para a detecção da anquiloglossia, uma alteração no tecido que se estende da língua até a cavidade inferior da boca. O pedido foi feito, devido à pouca incidência da doença no Brasil e ao baixo risco que a condição impõe à vida de quem nasce com ela.
A anomalia congênita pode ocasionar a chamada “língua presa” e, pode prejudicar a amamentação e a deglutição das crianças, por causa da dificuldade de sucção e outros movimentos da língua. Assim, abre brechas para a má nutrição. Outros problemas que podem resultar dessa condição são os de desenvolvimento da fala, uma vez que é possível que a dicção fique comprometida, caso o quadro não seja tratado.
Em nota, a SBP explicou que o exame da cavidade oral do recém-nascido e lactente só pode ser aplicado por um médico e “já faz parte do exame físico realizado pelo pediatra, de forma simples e indolor, nas maternidades e nas consultas de puericultura”. Na avaliação da entidade, os médicos podem prescindir do protocolo uma vez que “um exame clínico bem realizado e uma observação completa de uma mamada podem ser suficientes para o diagnóstico de anquiloglossia”.
A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para obter posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno.
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Em nota enviada à reportagem do Jornal da Paraíba, destaca que o "diagnóstico precoce é importante para a prevenção de problemas na amamentação, mastigação, deglutição e desenvolvimento da fala, de forma a promover saúde nos bebês atendidos" e que a avaliação "realizada no Teste da Linguinha não é invasiva, não tem contraindicações e possibilita diagnóstico e encaminhamento para tratamento das alterações por equipe multidisciplinar".
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