VIDA URBANA
Perícia comprova culpa do motorista de ônibus de Cajazeiras que se envolveu em acidente
Conclusão é do laudo da perícia, divulgado nesta segunda-feria (26) pelo delegado que investiga o acidente
Publicado em 26/02/2018 às 16:43 | Atualizado em 26/02/2018 às 19:00
A invasão à pista contrária por parte do motorista foi a causa do acidente quem envolveu um ônibus que saiu de Cajazeiras e se envolveu em um acidente com duas carretas em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A conclusão é do laudo da perícia, divulgado nesta segunda-feria (26) pelo delegado que investiga o acidente, Jandson Bernardo da Silva. O acidente aconteceu em 15 de fevereiro e deixou nove mortos, incluindo o motorista e uma bebê.
Silva ainda aguarda o resultado do laudo cadavérico. Este exame, feito com amostra de sangue colhida do motorista, pode ajudar a elucidar em que condições ocorreu à invasão à pista contrária – por exemplo, se o motorista estava sob efeito de álcool.
“O laudo da perícia confirmou que houve invasão à pista contrária”, disse. “O Motorista do caminhão estava a 90 km/h [a velocidade permitida na via é 80 km/h]. Para mim, o que causou o acidente foi a invasão de pista, não a velocidade.” Outra informação trazida pelo laudo foi de que o tacógrafo do ônibus não funcionava e, por isso, não mediu a velocidade do veículo na hora do acidente. A Guanabara disse não ter tido acesso ao documento.
“Essa semana eu pretendo ouvir o motorista da carreta que tombou. Ele está no Paraná. A fala dele pode ajudar a esclarecer melhor alguns pontos, mas não muda muito as coisas”, completou o delegado. “Quanto a isso de o motorista do ônibus ter dormido ao volante, talvez nunca cheguemos a saber".
Das vítimas
Das nove mortes do acidente, seis foram registradas ainda no local, incluindo o motorista e uma criança de apenas um ano e quatro meses. A paraibana Wigna Casimiro Gonçalves, de 45 anos estava entre as vítimas do acidente. Ela viajava com o esposo José Francimar Gonçalves.
Uma paraibana também está entre os feridos. A dona de casa Heloísa de Almeida, de 78 anos, moradora de Pombal viajava para o Distrito Federal para cuidar da filha, que passou por uma uma cirurgia recentemente. “Ela teve uma fratura exposta, mas está consciente. O susto maior foi quando eles falaram que tinha mortes. A gente não tinha certeza do que tava acontecendo e pensou no pior”, disse a recepcionista Joana Jacinto Almeida, filha de Heloísa, em conversa com o G1.
Posicionamento da empresa
Em nota, a empresa Expresso Guanabara, sediada em Fortaleza (CE) e responsável pela linha, informou que o ônibus saiu de Cajazeiras, na Paraíba, às 16h35 de terça-feira (13) e seguia para Goiânia.
O motorista tinha tido 20 horas de descanso antes de assumir o volante. A empresa disse que enviou de imediato uma força-tarefa de Brasília para prestar a assistência necessária aos passageiros. A Guanabara informou que vai prestar toda assistência necessária às vítimas e que os familiares dos passageiros podem entrar em contato pelo telefone 0800-7281992.
Em nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que o ônibus é novo e “está em conformidade quanto aos requisitos legais”. Além disso, a Expresso Guanabara tem autorização da agência para operar na linha.
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