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VIDA URBANA

Perigo da doença de Chagas está em mais de 60 municípios da Paraíba

Informação é da Secretaria de Saúde do Estado que, mesmo diante de um número alto de incidência do inseto, tranqüiliza a população quanto aos riscos de uma possível proliferaç&am

Publicado em 15/11/2008 às 8:54

Do Jornal da Paraíba

A Paraíba apresenta, atualmente, 62 municípios com índice de manifestação do barbeiro, inseto responsável pela transmissão da doença de Chagas. A informação é da Secretaria de Saúde do Estado (SSE) que, mesmo diante de um número alto de incidência do inseto, tranqüiliza a população quanto aos riscos de uma possível proliferação da doença. Há mais de dez anos não há registro de novos casos da doença de Chagas em território paraibano.

De acordo com o gerente operacional de vigilância ambiental do Estado, Emanuel Lira, anualmente são realizadas pesquisas por toda a Paraíba, com o intuito de fazer um levantamento da existência do inseto. “Quando focos do barbeiro são
encontrados, toda a residência é borrifada para evitar a procriação”, explicou.

Segundo o gerente, os insetos passaram a invadir o espaço humano depois que tiveram seu habitat natural destruído ao longo do tempo. “Eles, agora, são comuns em casas de taipa, habitações geralmente encontradas em zonas rurais. Entretanto, quem não mora em residências desse tipo não está imune de conviver com a presença do inseto”, complementou.

Sintomas


A doença de Chagas pode ser transmitida através da picada do barbeiro. O inseto suga o sangue humano e despeja fezes no local da picada, contaminando a vítima. A doença, em sua fase inicial, é marcada por febre amena, que desaparece em até quatro dias. Neste período, se cuidada corretamente, a doença tem cura. Entretanto, se ela evoluir para uma segunda fase, chega a um nível crônico, atingindo o coração, o esôfago e o estômago, podendo ser fatal.

Porém, Emanuel Lira tranqüiliza ao informar que há mais de dez anos a Paraíba não registra nenhum caso da doença em seu estágio agudo. “Hoje tratamos apenas de pessoas no estágio crônico da doença, já que não tem cura, apenas é controlada. No Estado, os hospitais universitários de João Pessoa e Campina Grande são referências neste tratamento”, disse. As estatísticas apontam que nos municípios paraibanos, de cada mil barbeiros encontrados, apenas um apresenta algum sinal positivo da doença.

Apesar da manifestação do inseto em mais de sessenta cidades, Emanuel Lira falou que não há motivo para alardes. “A doença está controlada na Paraíba. Mas, claro que a população deve se manter atenta aos riscos. Se encontrarem o barbeiro em sua residência, a recomendação é que o capturem, evitando contato direto e, em seguida, o enviem ao posto de saúde do seu município”, orientou.

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Jornal da Paraíba

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