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VIDA URBANA

Pesquisa da PB sobre controle de doença no abacaxi é premiada em Congresso Mundial

Estado é o segundo maior produtor da fruta e tem investido em melhorias.

Publicado em 20/10/2019 às 7:00 | Atualizado em 21/10/2019 às 7:38


                                        
                                            Pesquisa da PB sobre controle de doença no abacaxi é premiada em Congresso Mundial

Uma pesquisa desenvolvida pelo pesquisador Rêmulo Carvalho, da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), sobre o uso de taninos (rico em polifenóis) no controle da fusariose do abacaxi, foi a grande vencedora do Congresso Mundial de Aplicação de Polifenóis. O evento foi realizado na República de Malta, ao Sul da Itália, obtendo a primeira colocação em concorrência com trabalhos científicos de 40 países.

A Paraíba é, atualmente, o segundo maior produtor de abacaxi do Brasil, mas ainda tem como obstáculo a fusariose, principal doença que atinge a plantação, causando a perda de cerca de 30% a 40% da produção.

Os polifenóis são substâncias de grande valor nutricional e medicinal encontradas principalmente nas frutas vermelhas, uvas, frutas cítricas, azeite de oliva e em cascas de árvores. Essas substâncias despertam grande interesse científico em pesquisadores de todo o mundo que se reúnem anualmente para discutir as descobertas científicas relacionadas ao seu uso na saúde e na alimentação humana.

Próximo evento

O pesquisador paraibano, que há duas décadas estuda o uso de taninos no controle da doença, foi convidado pelos organizadores para ser palestrante convidado, com todas as despesas pagas, para participar da próxima edição do Congresso em 2020, quando vai detalhar os resultados de suas pesquisas com polifenóis no controle de doenças do abacaxi.

Ele tem apresentado suas pesquisas em outros congressos científicos, por exemplo, nos Estados Unidos, Israel, Reino Unido e Malásia, sempre chamando a atenção de pesquisadores. “Apesar de sua eficácia, os taninos de acácia negra deixam resíduos indesejáveis na casca do abacaxi, dificultando sua comercialização”, comentou.

A proposta do pesquisador é testar taninos que são utilizados na indústria de curtumes em substituição aos fungicidas aplicados na cultura. Lembra que a Fusariose do abacaxi é controlada com aplicações de fungicidas químicos que são perigosos ao homem e ao meio ambiente.

O pesquisador Rêmulo Carvalho irá apresentar a sua pesquisa para autoridades, técnicos e presidentes das Emateres de todo o País, no dia 21 de novembro, em Belém (PA), durante Assembleia da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), instituição responsável pelo custeio de sua viagem a República de Malta, na Itália.

Pesquisa

Foi a partir de 2001 que o cientista/pesquisador Rêmulo Carvalho começou as pesquisas com taninos da árvore Acácia Negra, planta cultivada por empresas no Rio Grande do Sul para a extração de tanino. Ele explica que o produto é oferecido em forma de pó, sendo exportado para 70 países para o curtimento de couros. De fácil acesso ao produtor rural, também pode ser dissolvido em água, para utilização em pulverização da produção da agricultura familiar.

Na busca de encontrar uma solução para o controle da fusariose do abacaxizeiro, Rêmulo decidiu pesquisar novas fontes de taninos que pudessem ser usadas pelas indústrias de couros. No ano de 2018, ele realizou experimentos na Estação Experimental do Abacaxi, em Sapé, pertencente à Empaer, utilizando taninos das árvores Quebracho, Tara e Castanheiro. Os testes em laboratório apontaram que o Castanheiro apresentou a maior capacidade de inibição da doença.

O presidente da Empaer, Nivaldo Magalhães, ressaltou a importância deste trabalho realizado por mais um integrante do corpo de pesquisadores do Governo do Estado, e que agora, o resultado da descoberta científica de Rêmulo Carvalho está registrado nos anais do Congresso Científico, passando a ser um testemunho da importância e da qualidade da pesquisa agropecuária brasileira e paraibana. Ele disse acreditar na retomada da cultura, “a partir da implementação do novo produto no controle da fusariose, a pior doença da abacaxicultura, responsável por grandes perdas econômicas”, destacou.

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Angélica Nunes

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