VIDA URBANA
Pesquisadores elaboram propostas para desenvolvimento da Caatinga
Foram apresentadas propostas e alternativas para reduzir os impactos da desertificação na região.
Publicado em 03/03/2012 às 6:30
Pesquisadores, professores, estudantes e autoridades se reuniram ontem no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) durante a Pré-conferência Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga visando buscar alternativas para impedir a continuação da degradação do meio ambiente. Durante a reunião foram apresentadas as dificuldades que principalmente cinco territórios passam, Borborema, Cariri Ocidental, Mata Sul, Mata Norte e Médio Sertão. Ao final, foi organizado um documento que será apresentado na Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) como projeto para diminuir as ações de Desertificação do solo paraibano.
Entre as ações que prometem fortalecer a agricultura familiar, principal cultura desenvolvida entre os 84 municípios que fazem parte desse projeto estão: o remanejo sustentável da Caatinga, organização da produção, transição para o cultivo agroecológico, como também ações voltadas para a preparação da semente e o convívio com o semiárido. Segundo explicou Fábio Agra Medeiros, Secretário Executivo dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente do Estado, no documento que será enviado à Rio +20 serão abordados temas que irão contribuir com o plano de estratégia de combate à Desertificação.
“Esses temas debatidos irão nos mostrar um norte para recuperarmos toda a estrutura de trabalho com o Semiárido.
Iremos apresentar políticas públicas voltadas para o bioma Caatinga, ações e propostas para o manejo sustentável, além do papel dos diversos atores no desenvolvimento da Caatinga.
Tudo isso irá contribuir bastante para que possamos buscar soluções para o desenvolvimento da cultura e trabalho com o solo”, apontou Medeiros.
Inimigo mais eminente para o desenvolvimento das áreas onde a Caatinga está presente, o fenômeno de desertificação tem contribuído para que vários territórios percam seu potencial produtivo. Para evitar que os estragos continuem prejudicando as famílias que dependem do trabalho agricultor, Geovanni Medeiros, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater – PB), afirmou que serão investidos inicialmente nos cinco territórios mais atingidos pela ação de destruição do solo R$ 9 milhões, que poderão se estender a até R$ 100 mi ao longo de todo este ano.
“Em 2011 nosso projeto atendeu 5.380 famílias residentes nessas regiões, só que esse ano iremos estender para 9.170. A medida que os projetos venham sendo executados e os resultados aparecendo é possível que o investimento seja estendido e chegue a até R$ 100 milhões. Iremos apresentar algumas propostas e nossa expectativa é a melhor possível para mudarmos o cenário de desertificação que afeta a Paraíba”, projetou Geovanni.
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