VIDA URBANA
PF apura nova prática de furto a banco na PB
Criminosos estariam se passando por clientes e distraindo funcionários para furtar malotes com dinheiro; três ações foram registradas na PB.
Publicado em 15/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 26/05/2023 às 17:31
A Polícia Federal (PF) de Campina Grande procura integrantes de uma quadrilha especializada em uma nova modalidade de furtos a agências bancárias e que já teria atuado pelo menos nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Os criminosos estariam se passando por clientes e distraindo funcionários para furtar malotes com dinheiro. Na Paraíba, a PF registrou três ações do grupo, duas em Campina Grande, no Agreste e uma em Cajazeiras, no Sertão. Somente em Campina, aproximadamente R$ 100 mil foram levados pelos bandidos.
A PF está divulgando as imagens dos suspeitos, gravadas pelas câmeras dos circuitos internos de segurança das agências da Caixa Econômica Federal (CEF), onde a quadrilha agiu em Campina e Cajazeiras, para tentar localizá-los. Segundo o delegado Gustavo Vieira, as denúncias são anônimas e podem ser feitas pelo telefone (83) 3341.6600. “É pouco provável que os golpistas ainda estejam na cidade ou mesmo no Estado, já que o grupo atua de forma nômade. Mas qualquer informação sobre o eles será útil para nossa investigação”, informou.
O delegado acrescentou que aguarda as informações já obtidas pela PF do Rio Grande do Sul, que identificou e prendeu alguns membros da quadrilha e tem a identificação também de alguns foragidos que atuaram naquele estado, para confirmar se são os mesmos suspeitos que furtaram os malotes dos bancos na Paraíba. “Eu mandei as imagens dos criminosos para diversos estados. Até agora não recebi resposta oficial, fiz contato com alguns delegados que já têm investigação sobre este grupo e estou aguardando respostas. A quadrilha age de forma silenciosa, por isso os crimes não têm tanta repercussão.
Também só temos denúncias com relação a agências da Caixa Econômica, mas eles já podem ter atuado em outros bancos”, frisou.
Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campina, Rostand Lucena, a falta de investimento na contratação de pessoal e em segurança facilita a ação dos ladrões.
"Muitas vezes os funcionários se dividem em várias tarefas, então alguma área fica descoberta e os bandidos aproveitam essa situação. São bancos que lucram muito e deveriam investir mais em segurança", destacou o sindicalista.
GOLPE FUNCIONA COM A AÇÃO DE DUAS PESSOAS, DIZ DELEGADO
De acordo com o delegado Gustavo Vieira, o golpe funciona com a ação de pelo menos duas pessoas. Enquanto um falso cliente começa a conversar com um funcionário do banco, em horário de grande movimentação, outro entra em um setor do banco proibido a clientes e que esteja sem nenhuma fiscalização. Em seguida, pega dinheiro em algum envelope ou um malote e sai da agência tranquilamente. “Eles agem em grupo, dias antes visitam a agência e estudam todo o lay out do local e descobrem onde os funcionários guardam os malotes.
Em alguns casos, um grupo monta uma espécie de barreira, conversando e distraindo funcionários e até seguranças, enquanto outra pessoa pula o balcão que dá acesso ao local onde está o malote. No momento da ação, as câmeras flagram tudo, mas o banco não tem gente verificando online e por isso só descobrem a ação depois do furto concretizado”, enfatizou o delegado.
Segundo ele, já foram flagrados e estão sendo investigados golpes praticados contra pelo menos três agências paraibanas ano passado. Em 13 de fevereiro, o alvo foi uma agência na rua João Pessoa, no Centro de Campina. Em 9 de abril, foi a vez de um estabelecimento em Cajazeiras, no Sertão do Estado. Já no dia 10 de abril, outra agência de Campina foi furtada pelo grupo.
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