VIDA URBANA
Pimentão e tomate têm excesso de agrotóxicos, confirma Sedap
Agricultores paraibanos fazem uso indiscriminado de agrotóxicos na lavoura e por conta disso o pimentão e tomate produzidos na Paraíba estão com excesso de produtos químicos.
Publicado em 27/04/2011 às 8:47
Débora Ferraz
Do Jornal da Paraíba
Os agricultores paraibanos fazem uso indiscriminado de agrotóxicos na lavoura e por conta disso o pimentão e tomate produzidos na Paraíba estão com excesso de produtos químicos, o que pode causar doenças para o consumidor. A informação é do gerente Regional de Abastecimento da Secretaria Estadual do Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap), Rubens Tadeu, com base em levantamento prévio feito pela Gerência Regional de Abastecimento do Estado, que foi apresentado na terça-feira (26), no 9º Encontro Nacional de Fiscalização sobre Agrotóxico.
Para combater o problema, a Sedap e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estão desenvolvendo sugestões para que haja mais rigor na fiscalização. Essas sugestões serão publicadas em uma cartilha a ser divulgada amanhã e entre as práticas previamente recomendadas, destaca-se a intensificação na visita de fiscais às plantações e estabelecimentos que vendem os produtos no Estado.
Para a pensionista Ivonize Batista, a descoberta foi uma surpresa: “Eu sempre como bastante pimentão e tomate e nunca me fez mal, foi surpresa pra mim descobrir que havia agrotóxico em excesso neles”. Já para a dona de casa Marilúcia Bezerra, a informação foi um sinal de alerta. “É preciso, então, que a fiscalização seja mais cuidadosa, ou pelo menos conscientize melhor o agricultor”, opinou.
De acordo com o gerente Regional de Abastecimento, Rubens Tadeu, as principais dificuldades enfrentadas pela fiscalização dizem respeito à cultura do produtor que, ao necessitar dos produtos químicos não procura os órgãos competentes, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) ou da própria Defesa Regional. “É igual à questão da automedicação”, exemplificou. O gerente da defesa alerta ainda que, como a venda de agrotóxico só acontece mediante receituário, muitas vezes o agricultor usa um receituário falso para comprar o produto. “Nesse caso, podem ocorrer notificações que vão da aplicação de multa até o fechamento da loja”.
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