VIDA URBANA
Piso na escola particular é de R$ 3,60
Acúmulo de carga horária e defasagem salarial também é enfrentada por professores da rede privada.
Publicado em 14/10/2012 às 18:00
Os professores que ensinam na rede particular também encontram desafios pelo acúmulo de carga horária e a defasagem salarial. Segundo apontou a diretora do Sindicato dos Professores de Escolas Particulares da Paraíba (Sinteenp), Ana Júlia Cardoso, o piso salarial pela hora aula da categoria fica em R$ 3,60.
“Trabalhando 20 horas semanais e recebendo isso, no final do mês dá R$ 650,00 e não se sobrevive com esse dinheiro. É preciso atuar em outra escola e ganhar R$ 1.200,00 para trabalhar o dia todo. Sem contar as tarefas extra-classe e o atraso no pagamento de salário”, elenca Ana Júlia, ao enfatizar que “o professor adoece a cada dia”.
Por sua vez, conforme o presidente do Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba (Sinep-PB), Odésio Medeiros, “tem professor na escola particular que ganha mais de R$ 5 mil por mês. O piso é o ponto de referência e é aplicado nas escolas de pequeno porte, principalmente de cidades pequenas ou áreas mais carentes”.
Odésio justifica que uma escola de pequeno porte não tem condições de pagar ao professor o mesmo valor que uma instituição com mais recursos paga. Ele pontua, ainda, que os atrasos, quando acontecem, são fatos isolados. “Se atrasar cinco ou dez dias é em virtude da inadimplência, que é grande”, completa.
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