VIDA URBANA
Plano deve normalizar entrega de 750 mil correspondências
Servidores dos Correios e Telégrafos retornam da greve nesta segunda-feira. Trabalhadores terão que cumprir plano de contigência até nos domingos.
Publicado em 28/09/2009 às 8:25
Da Redação
Foram 10 dias de greve até que os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos decidiram suspender o movimento paredista e retornar ao trabalho. A decisão foi tomada durante assembleia na noite da sexta-feira (25) e os funcionários retornam à ativa nesta segunda-feira (28).
As agências chegaram a ser abertas em Campina Grande um dia antes do fim da greve. Segundo levantamento não oficial, os Correios estimam que na Paraíba cerca de 750 mil correspondências e encomendas tenham sido acumuladas no período da greve. Somente na Capital, o volume de atrasos teria chegado a 500 mil.
O Sindicato dos Trabalhadores em ECT na Paraíba (Sintect-PB) informou que, por conta dos atrasos, os carteiros devem cumprir um plano de contingência e trabalhar também nos domingos até que o fluxo se normalize.
Apesar de terem decidido voltar ao trabalho, os servidores dos Correios na Paraíba não aceitaram as propostas feitas pela empresa. A continuidade da greve está sendo decidida independentemente em cada estado. Quinze unidades federativas brasileiras fecharam as negociações com a empresa e finalizaram a greve.
Os servidores reivindicam aumento salarial de R$ 649 para R$ 1.215. Isso é equivalente a 41% de reajuste referente à inflação de 2004 a 2009 e mais R$ 300 adicionais no vencimento. Eles ainda cobram acréscimo de R$ 10 no vale-alimentação que passaria de R$ 20 para R$ 30.
A categoria também solicita a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, realização de concursos, além do fim das terceirizações. O sindicato exige a contração imediata de 200 trabalhadores para os Correios, sendo 100 carteiros e 100 atendentes para suprir a demanda na Capital e interior do Estado e reforçar o quadro de 1.480 empregos na empresa.
Comentários