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VIDA URBANA

PM e assentados em confronto em Alhandra

Confrontos aconteceram devido a uma reintegração de posse do local ordenada pela Justiça.

Publicado em 28/01/2012 às 8:00


Durante toda a madrugada de ontem e noite da última quinta-feira, conforme o deputado estadual Frei Anastácio, houve confronto entre índios, trabalhadores do assentamento 'Mucatu' e Polícia Militar. A reintegração de posse do local foi uma decisão judicial que determinou que as pessoas que ocupavam o assentamento o desocupassem. Conforme o tenente-coronel Lívio Sérgio, comandante do 5º BPM, as famílias ocuparam a área durante a madruga de quinta-feira e a Polícia Militar foi acionada para garantir o cumprimento da decisão judicial.

A área que foi desapropriada está localizada no município de Alhandra, no Litoral Sul do Estado, porém o assentamento 'Mucatu' compreende uma grande área que atinge também os municípios de Conde e Pitimbu. O terreno pertencia ao coronel da PM, Lima Irmão que vendeu a área ao Grupo Elizabeth para a construção de uma fábrica.

“É uma fazenda pequena e os índios ao saberem que havia sido vendida ocuparam o espaço alegando que era uma terra indígena, mas uma decisão judicial determinou que o Grupo Elizabeth tomasse posse e a PM foi acionada para garantir que isso acontecesse,” disse o tenente-coronel Lívio Sérgio.

Conforme o cacique Ednaldo, líder do povo Tabajara, aproximadamente 100 índios estavam no local. Ele revelou que a polícia chegou a efetuar disparos com balas de borracha que feriram alguns assentados. Os índios não pretendem deixar o assentamento e desejam construir no local a aldeia dos Tabajaras.

O deputado estadual frei Anastácio (PT), afirmou que o clima era de guerra desde o início da noite da última quinta-feira e 20 viaturas cercaram o assentamento. “É um verdadeiro campo de guerra. A polícia removeu as famílias durante a noite o que é desumano e ilegal. A PM entrou com carros pesados destruindo as lavouras do trabalhadores e chegaram até a efetuar disparos.

Presenciamos ainda os policiais atirando para o alto,” protestou Frei Anastácio, acrescentando que o terreno não poderia ser vendido pois trata-se de uma área pública destinada à reforma agrária.

Contrariando as afirmações do deputado, o tenente-coronel Lívio Sérgio afirmou que a desapropriação transcorreu de forma pacífica e que estavam presente representantes da Funai, Incra e delegado da cidade de Alhandra durante a manhã de ontem.

“Eles acenderam fogueiras e interditaram a passagem, impedindo o trabalho da empresa de segurança e dos policiais e ainda chegaram a 'virar' um carro,” completou o tenente-coronel Lívio Sérgio.

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Jornal da Paraíba

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