VIDA URBANA
Pneumonia mata 646 pessoas na Paraíba
Em média, duas pessoas morrem vítimas da doença no Estado a cada dia.
Publicado em 06/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:06
Apesar de ser totalmente curável, a pneumonia mata, em média, duas pessoas todos os dias na Paraíba. Foram 646 óbitos registrados entre janeiro e agosto deste ano, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Do total das vítimas, 22 eram crianças e pré-adolescentes com menos de 14 anos de idade.
João Pessoa (164), Campina Grande (40), Santa Rita (29), Patos (22), Bayeux ( 21), Cajazeiras (16), Sousa (14), Pombal (12), Guarabira (12), Sapé (12), Cabedelo (11), Santa Luzia (8) e Alagoa Grande (7) foram as cidades com a maior quantidade de ocorrência.
Segundo o médico pneumologista Sebastião Costa, membro da Sociedade de Pneumologia da Paraíba, as mortes são reflexos do aumento dos casos de viroses e infecções respiratórias, dois problemas de saúde que diminuem as defesas do organismo. “A pneumonia que mais mata é a causada por bactérias, que se aproveitam da pouca imunidade da pessoa”, disse o especialista.
Outro motivo que aumenta a mortalidade é a demora em buscar atendimento adequado. De acordo com o médico, a pneumonia apresenta sintomas similares aos da gripe, o que faz a população resistir em buscar ajuda no estágio inicial da doença.
Os sintomas da pneumonia são tosse, febre, secreção amarelada e dor na região do tórax. O paciente ainda fica indisposto. Apesar dos aspectos parecidos com os da gripe, alguns sinais no organismo podem indicar a presença de uma infecção causada por pneumonia. De acordo com o médico, o paciente precisa buscar ajuda, no momento em que perceber que a secreção, que era clara ficou na cor esverdeada e quando a febre passa a durar de 3 para 7 dias. O médico explicou que os sinais indicam que ocorreu um processo inflamatório, que pode ser a pneumonia, bronquite ou sinusite.
ASSISTÊNCIA
Na Paraíba, a assistência aos pacientes é oferecida, inicialmente, nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). O tratamento dura, em média, sete dias e é feito à base de antibióticos. O processo não pode ser interrompido, sob o risco da doença se tornar ainda mais resistente ao medicamento.
Segundo a gerente executiva de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Patrícia Assunção, as equipes das unidades do PSF atendem e encaminham os pacientes para realizarem exames. “Em casos mais graves, o paciente é orientado a buscar ajuda na Unidade de Pronto Atendimento ou nos hospitais referenciados. Qualquer unidade hospitalar, seja pública ou privada, tem condições de atender a pessoa que esteja com pneumonia”, destacou.
Em João Pessoa, a unidade referenciada para esse tipo de atendimento é o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, instalado no bairro de Jaguaribe. A gestora ainda acrescentou que existem vários fatores que elevam a ocorrência de pneumonias. Por isso, o Estado vem investindo em ações de prevenção em parceria com municípios.
“Assim como outras doenças, a pneumonia se aproveita da baixa imunidade das pessoas, que é causada principalmente pela alimentação inadequada. Temos feito ações preventivas para mudar isso”, declarou.
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