VIDA URBANA
Polícia apreende 37kg de drogas
Droga estava com um traficante que foi preso em flagrante; segundo a polícia esta foi a maior apreensão de cocaína realizada no Estado.
Publicado em 09/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:20
Policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apreenderam na última sexta-feira, em um depósito no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, 37 quilos (kg) de drogas que foram avaliados em R$1,8 milhão. Foram apreendidos 11kg de cocaína em pó, 20kg de pasta base de cocaína, além de seis quilos de maconha.
De acordo com o delegado Állan Murilo Terruél, titular da DRE, esta foi a maior apreensão de cocaína realizada no Estado pela Polícia Civil (PC). A droga estava com Silvan Pereira de Souza, 40 anos, apontado pela polícia como sendo o distribuidor do entorpecente. Ele foi preso em flagrante, em um veículo Celta, de cor preta, com 50 gramas de pasta base de cocaína.
“Ele confessou que iria distribuir aquela droga, então os policiais foram até a casa que era utilizada como depósito e apreenderam o restante da droga”, afirmou Állan Terruél. A prisão aconteceu após a DRE receber informações, na última quinta-feira, que um homem estaria vendendo drogas e distribuindo na capital, em Cabedelo, Santa Rita e Bayeux. A partir desta informação, os policiais passaram a monitorar a rotina do suposto traficante.
Para despistar a polícia, o suspeito passava a noite na comunidade 'Porto de João Tota', em Mandacaru, saía pela manhã e ia até o bairro de Mangabeira de onde se deslocava para toda Região Metropolitana. Na casa do suspeito, em Mandacaru, os policiais apreenderam um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12 e 50 cartuchos da mesma arma, além de balança de precisão.
“Impõe bastante medo naquela região. Além de tudo, ele tinha no Porto de João Tota uma pequena boca de fumo que atendia aquela localidade”, disse Állan Terruél. A DRE ainda investiga a origem da droga e a qual grupo criminoso o suspeito estaria associado.
“Inicialmente acreditamos que ele era um vendedor, mas ele se mostrou um distribuidor de drogas. A polícia agora vai investigar quem recebia essas drogas, de quem é, e como ela chegou à Paraíba”, frisou Terruél.
Segundo o delegado, no depósito que funcionava em uma residência havia apenas um micro-ondas para preparar a droga, faca e instrumentos para cortar o produto. “Cada quilo de pasta base preparada poderia render até três quilos de crack. É uma droga que está no mesmo formato das nossas apreensões de 2011, com a mesma embalagem, por este motivo nós investigamos a possibilidade dessa droga vir de São Paulo”, disse Terruél.
Em depoimento, o suspeito confessou que distribuía o entorpecente, mas preferiu não revelar a quem pertencia a droga. Silvan Pereira é paraibano e não possuía passagens anteriores pela polícia. “A estratégia do traficante é utilizar um bairro tranquilo para guardar a droga, por este motivo eles alugam casa para utilizar como depósito”, explicou Terruél.
O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, afirmou que a entrada de drogas no Estado é a principal preocupação da pasta. Ele atribuiu a facilidade de acesso à faixa litorânea extensa e ainda destacou a expansão da operação 'Divisa Segura', no combate às drogas. “É um trabalho importante porque retira do mercado o principal produto que faz com que a criminalidade nessa cidade esteja no patamar em que estamos e ainda desequilibra essa rede (de tráfico)”, esclarece o secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA solicitou dados referentes à apreensão de drogas no primeiro semestre deste ano, entretanto a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) informou que os números serão disponibilizados posteriormente.
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