Polícia encontra casa usada por grupo que atacou o presídio PB1

A Polícia Militar localizou, na noite de segunda-feira (10), no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, uma casa que foi usada como ponto de apoio pelo grupo que atacou a Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1. O ataque aconteceu na madrugada da segunda e gerou a fuga em massa de 92 detentos, após a explosão do portão e a quebra dos cadeados das celas.

Os policiais chegaram até o imóvel, localizado na Rua Edgar Galdino de Sousa, depois que o proprietário reconheceu uma das mulheres presas durante a tarde, em um flat da orla de Manaíra, como a pessoa a quem ele alugou a casa há três meses. A informação foi repassada por ele à polícia.

Dentro da casa, os policiais do 5º Batalhão e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) apreenderam drogas, uma caminhonete roubada, munições e colete balístico.

A perícia foi acionada para a casa, que está isolada pela PM. Cães farejadores da Polícia Militar também estão sendo usados nas buscas por mais material usado pelo grupo.

A mulher que alugou a casa foi presa com outras nove pessoas. Conforme a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), com o bando foram apreendidas seis armas de fogo, entre elas um fuzil. As pessoas presas e o material apreendido foram encaminhado para a Seds, no bairro de Mangabeira.

Ataque e fuga

O ataque criminoso que gerou a fuga em massa de presos do PB1 tinha como objetivo o resgate de um único preso: Romário Gomes Silveira, que foi detido em agosto após participar de um ataque a um carro-forte. Após ele ser resgatado,outros presos pegaram os alicates usados pelo grupo invasor e começaram a quebrar os cadeados das celas. Segundo o secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca, 42 foragidos tinham sido recapturados até a manhã desta terça-feira (11).

Durante a fuga no PB1, uma ação policial na rodovia estadual PB-008 tentou conter os fugitivos que passavam pelo local e houve troca de tiros. O tenente da PM, Erivaldo Moneta, de 36 anos, entrou em confronto com os criminosos, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Ele foi internado em estado gravíssimo, mas no final da manhã o hospital confirmou a morte do policial.

O secretário Sérgio Fonseca explicou que a ação começou a partir de uma mata nas proximidades do presídio, de onde os criminosos atiraram nas guaritas do PB1 para confundir os policiais e iniciar uma troca de tiros. “Com essa quantidade de armamento, inclusive com a utilização de fuzis ponto 50, eles efetuam vários disparos nos alojamentos dos PMs e agentes. A arma perfura facilmente a parede. Pela munição estar atravessando as paredes, os agentes tiveram que se abrigar. Aí sim, eles conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral”, disse o secretário. Durante o resgate, fugiram presos de pelo menos 12 celas da ala direita do pavilhão 2 do PB1.