VIDA URBANA
Polícia faz 2º dia de paralisação e segurança está sem viaturas
Cerca de 100 viaturas da Polícia Militar estão paradas no segundo dia de protesto. Policiais exigem melhorias nos equipametos, equiparação salarial e curso de direção de risco.
Publicado em 02/04/2010 às 10:00
Da Redação
As viaturas da Polícia Militar estão paradas desde desta quinta-feira (1), o movimento faz parte do Polícia Legal que prevê melhoria de equipamentos de trabalho e equiparação salarial com a Polícia Civil. Apesar do Diário Oficial já ter publicado a medida provisória que estabelece melhorias na gratificação da Polícia Militar a partir de 2010, boa parte da categoria não ficou satisfeita e paralisou as atividades.
Mais de 100 viaturas estão paradas e os motoristas se recusam a trabalhar até que cursos específicos para formação dos PMs sejam oferecidos pelo Governo.
Os policiais alegam que os condutores da viatura não possuem uma especialização para dirigir esse tipo de veículo e a infração por esse delito é gravíssima. Eles ainda disseram que os policiais estão indo trabalhar sim, mas que não vão dirigir enquanto não tiverem a devida formação.
Comandantes de alguns batalhões estão disponibilizando seus carros para fazerem a segurança da cidade. Também foi acionada a cavalaria e os policiais vão fazer a segurança a pé e com motos.
A categoria alega ainda que os policiais só vão sair para trabalhar com os equipamentos adequados. “Os coletes estão vencidos e as munições também estão ruins. Desta forma colocamos nossa vida em perigo”, lamentou.
De acordo com a medida provisória assinada pelo governador José Maranhão (PMDB), os militares convocados para algum plantão extraordinário será remunerado na proporção de 2/30 do salário do servidor, por 24 horas extras ou proporcionais trabalhadas. As gratificações e soldos são referentes a dezembro deste ano.
Denúncia
A categoria também quer a saída do secretário de segurança do Estado, Gustavo Gominho. Segundo eles o secretário estaria desvalorizando o trabalho da PM. “A Polícia Militar prendeu um membro da Polícia Federal, mas ele não ficou detido", contou.
Ainda de acordo com eles, o soldado Joelton Ribeiro Carneiro, baleado na última terça (30), durante um sequestro na do Cabo Branco, teria sido atingido porque a arma falhou por usar munições ruins.
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