VIDA URBANA
Polícia reconstitui blitz em que agente de trânsito foi atropelado
Suspeito foi intimado, mas não participou da reconstituição.
Publicado em 01/02/2017 às 9:49
A reconstituição do atropelamento que resultou na morte do agente da Operação Lei Seca, Diogo Nascimento Souza, aconteceu na noite desta terça-feira (31), em João Pessoa. De acordo com o delegado de homicídios Reinaldo Nóbrega, os agentes que estavam na blitz no dia do ocorrido, testemunhas, motoristas que foram parados na blitz e o suspeito, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, foram intimados a participar da simulação do atropelamento.
O agente de trânsito Diogo Nascimento, de 34 anos, morreu no Hospital de Emergência e Trauma no domingo (22) e foi enterrado no Cemitério do Cristo Redentor no fim da tarde da segunda-feira (23).
Em nota, a defesa de Rodolpho Carlos da Silva informou que o motorista atenderia aos termos da intimação. O motorista compareceu à delegacia, mas não participou da reconstituição. A defesa não se pronunciou sobre a reconstituição.
De acordo com o delegado do caso, o suspeito tem o direito de não comparecer e, no caso de comparecer, não participar da reconstituição do caso.
O objetivo da reprodução simulada, segundo Nóbrega, é aproximar as versões relatadas com o que de fato aconteceu na noite do atropelamento. "Na verdade, eu quero confrontar se tudo que foi dito, se os depoimentos que foram colhidos na delegacia coadunam com a realidade, se existe uma relação do que foi dito com o que aconteceu. O que a gente quer é que esse caso tenha uma solução", explicou.
Além dos intimados a participar da reconstituição e da Polícia Civil, uma equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) contribuiu com a reconstituição, uma vez que a reprodução simulada é um exame pericial. Equipes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e da Polícia Militar também colaboraram com os trabalhos, garantindo a segurança.
Suspeito se apresentou à polícia
Rodolpho Carlos se apresentou à Polícia Civil na manhã do dia 24 de janeiro, na Central de Polícia de João Pessoa. O suspeito chegou à delegacia por volta das 8h (horário local) acompanhado de dois advogados e foi atendido pelo delegado Marcos Paulo Vilela, que informou que o jovem "se reservou o direito de permanecer em silêncio". O motorista deixou a delegacia por volta das 11h50 (horário local).
Vilela informou que o delegado Reinaldo Nóbrega assumiu o inquérito e a expectativa é de que o trabalho seja encerrado em no máximo 20 dias, com todos os laudos anexados.
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