VIDA URBANA
Policiais civis decidem na quinta-feira se entram em greve
Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol) programou uma assembleia para a quinta-feira (14). Delegados também aguardam proposta de salário do governo.
Publicado em 13/10/2009 às 8:55
Karoline Zilah
Depois de paralisar as atividades por 24 horas, a Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol) programou para a quinta-feira (15) uma assembleia geral onde deverá avaliar o indicativo de greve por tempo indeterminado. A reunião acontece a partir das 16h na sede da associação, no Centro de João Pessoa.
Flávio Moreira, presidente da Aspol, informou que, até o momento, o Governo não deu respostas sobre as reivindicações da categoria, que luta pela aplicação do mesmo valor para todas as funções de policias civis.
“Foram concedidos todos os prazos que o Governo nos pediu, o primeiro até maio, o segundo até setembro e agora o ultimo até este dia 14 [de outubro]. Esperamos que o Governador José Maranhão possa estar nos dando uma resposta positiva às nossas reivindicações e que possamos encontrar uma saída para o impasse”, explicou Flávio Moreira.
Ele afirmou que a categoria não quer entrar em greve, mas culpa o governo caso o movimento paredista seja deflagrado. “Não estamos pedindo aumento salarial, mas sim isonomia nos reajustes oferecidos, pois somos todos uma única instituição e todos precisamos de salários dignos e condições para trabalhar”, comentou.
Delegados
A situação dos delegados de Polícia Civil é a mesma: o estado é de negociação. Preparados para entrar em greve, eles decidiram suspender as ameaças depois de um encontro com o governador José Maranhão no dia 29 de setembro.
Os representantes da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel-PB) resolveram atender ao pedido do Secretário de Segurança Pública, Gustavo Gominho, para que aguardassem até o dia 14 de outubro por uma contraproposta salarial.
“Resolvemos dar este voto de confiança ao governador porque essa foi a primeira vez que a categoria conversou diretamente com ele, antes as converas eram com os secretários”, afirmou o presidente Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel-PB), Cláudio Lameirão.
Os delegados defendem paridade salarial com os procuradores estaduais ou com os delegados do Rio Grande do Norte. O valor pedido varia entre R$ 8 mil e R$ 9,1 mil. Atualmente, a renda inicial de um delegado de Polícia Civil na Paraíba está em R$ 5,3 mil, salário que, segundo eles, é o menor do país.
Comentários