VIDA URBANA
Policiais mais perto dos alunos
Essa proximidade tem feito com que os traficantes fiquem longe das escolas e reduz os casos de indisciplina.
Publicado em 28/10/2012 às 8:00
O aliciamento de crianças e adolescentes pelo tráfico de drogas pode ter início na porta da escola ou até mesmo no interior das salas de aula, onde também ocorrem confrontos entre alunos, ameaças e até pequenos furtos. Em João Pessoa, a Patrulha Escolar atende, em média, 28 chamados por dia. A maioria está relacionada a indisciplina e depredação do patrimônio público.
A proximidade cada vez maior entre a polícia e os estudantes tem afastado traficantes das unidades de ensino e já mostra redução nos casos de indisciplina, agressões e tráfico de drogas. Duas equipes da Patrulha Escolar do 1º Batalhão de Polícia Militar visitam diariamente 72 escolas nos três turnos. Ao todo, 105 instituições de ensino são monitoradas pelas equipes na capital e outras 35 em Cabedelo, na Região Metropolitana.
“As duas guarnições cumprem a meta de visitar 12 escolas em cada turno: manhã, tarde e noite, mas também estamos de prontidão para atender a qualquer eventual chamado das instituições de ensino”, explicou o comandante da Patrulha Escolar do 1º BPM, tenente Benedict Pontes.
De agosto até os primeiros quinze dias de outubro, a Polícia Militar atendeu a 32 casos de perturbação e oito ameaças feitas por alunos, sendo duas direcionadas aos professores. As denúncias envolvendo o tráfico de drogas são investigadas e repassadas à Polícia Civil.
Conforme o tenente Benedict, no período da manhã, as equipes recebem até 4 chamados, já no período da tarde esse número sobe para sete solicitações. O turno da noite é considerado o mais tranquilo. Com base nos registros do 1º BPM, os bairros Alto do Mateus, Novais, Mandacaru, Treze de Maio e Manaíra são os maiores solicitantes da Patrulha Escolar e recebem atenção especial.
Já a Patrulha Escolar do 5º BPM conta com três guarnições para atender 126 escolas e três universidades, registrando uma média diária de 18 solicitações, sendo pelo menos duas por turno para cada equipe. Conforme a comandante da Patrulha Escolar, subtenente Lígia Fernandes, a maioria dos chamados está relacionada aos atos de indisciplina, desordem, depredação do patrimônio publico e atritos entre alunos e professores.
Segundo a militar, o monitoramento tem sido frequente em escolas do bairro Mangabeira, Geisel, Cristo Redentor e Bancários.
“Quando nós detectamos alguma situação referente ao tráfico de drogas, envolvemos direção, família, Conselho Tutelar e Promotoria para que possamos resolver da melhor forma possível. Embora tenha praticado um ato infracional, ele é aluno, no caso uma criança ou adolescente, desta forma temos que envolver todos os órgãos competentes. Aquele jovem precisa de ajuda e nós temos que tratá-lo com respeito e resolver também essa situação. Ele grita por socorro, por segurança, e é isso que nós promovemos”, destacou a subtenente do Batalhão, Lígia Fernandes.
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