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VIDA URBANA

Policial rodoviário é suspeito de cobrar propina de funcionário de prefeitura

Polícia Federal aponta que o agente cometeu uma série de crimes. Esquema foi desarticulado em operação nesta terça-feira .

Publicado em 17/11/2015 às 9:14

Uma operação foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (17) para desarticular uma série de crimes que vinham sendo cometidos por um policial rodoviário federal paraibano. Segundo as investigações, entre as irregularidades cometidas pelo agente está a cobrança de propina ao chefe de atividades de transportes de uma prefeitura paraibana. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de busca e apreensão e três de condução coercitiva. A operação 'Solitário' foi realizada nas cidades de João Pessoa, Bayeux e Pilar.

As supostas irregularidades cometidas pelo policial foram informadas à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal na Paraíba que apresentou as informações ao Ministério Público Federal (MPF), que, por sua vez, solicitou a abertura de investigação à Polícia Federal.

De acordo com a PF, no decorrer das investigações ficou evidenciado que o referido policial atuou, pelo menos em um caso, em conluio com um motorista de caminhão guinho para exigir de um homem a entrega de dinheiro para não efetuar a apreensão de sua moto. Como o motociclista não apresentou o valor solicitado, o motorista, autorizado pelo policial, dirigiu-se à casa do cidadão e de lá retirou um televisor.

Ainda foi constatado que o policial exigia propina de um funcionário público, chefe das atividades de transportes de uma prefeitura, que ainda não teve o nome divulgado. Segundo a Polícia Federal, recorrentemente o investigado contatava o funcionário solicitando que lhe fosse dado o pagamento, o qual ele chamava de 'vacina'.

Em outra oportunidade, observou-se que uma pessoa ofereceu ao PRF investigado o valor de R$ 250,00, a fim de ser liberado de anotação de infração, ao que o policial aceitou imediatamente o aludido pagamento, deixando de aplicar a lei. As investigações também apontaram que o suspeito cedia favores a terceiros, relativos às prerrogativas de seu cargo público e deixava de aplicar a lei.

Trinta policiais federais participaram da operação. Maiores detalhes da ação serão divulgados durante uma entrevista coletiva na sede da Superintendência da Polícia Federal, ainda nesta terça-feira.

Reincidente

O PRF trabalhava há 16 anos na instituição já havia sido notificado outras vezes por infrações menores.

O acusado foi preso na manhã desta terça-feira em sua residência, e presta depoimentos agora pela tarde na sede da PRF em Cabedelo. Ele ficará em reclusão por 5 dias, podendo ser estendida a ordem para prisão preventiva. Ele está sendo autuado pelos crimes de concussão (extorsão de servidor público) e corrupção passiva. De acordo com o resultado da defesa e o término das investigações, o policial poderá ser demitido.

Também foram presos o guincheiro e a pessoa que intermediava a devolução de documentos apreendidos. Todo os outros suspeitos já se apresentaram à polícia e confirmaram os fatos. A investigação agora está em fase final.

Todas as infrações juntas podem resultar em mais de 15 anos de prisão do PRF, sem possibilidade de pagamento de fiança.

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Jornal da Paraíba

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