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VIDA URBANA

Política e Religião: quando púlpito e palanque se confundem

Na Paraíba, merece destaque a ‘guerra santa’ travada nos bastidores da política, pelos mais de 300 mil votos dos evangélicos.

Publicado em 23/05/2010 às 9:13

De Raquel Queiroz do Jornal da Paraíba

A interação entre religião e política aparece ora reforçando algumas candidaturas, ora fragilizando-as, mas em todo caso provocando debate. Tudo isso demonstra que na verdade, ainda que se insista em separá-las, religião e política estão profundamente interligadas e uma influencia a outra, queiramos ou não.

Na Paraíba, merece destaque a ‘guerra santa’ travada nos bastidores da política, pelos mais de 300 mil votos dos evangélicos. Candidatos como Philemon Rodrigues, Edvan Carneiro, Walter Brito Filho e Walter Brito Neto apostam na fé cristã de seus eleitores. O ex-deputado federal Philemon Rodrigues (PR), ligado à Igreja Assembleia de Deus em João Pessoa e Campina Grande, quer retornar à Câmara Federal e já está em plena campanha. O pastor pastor Edvan Carneiro (PRB) também pretende ser o nome da Assembleia de Deus de João Pessoa e busca apoio também da Igreja Universal.

O ex-deputado estadual Walter Brito Filho (PPS), evangélico da Igreja Presbiteriana de Campina Grande, que também está em plena campanha para deputado federal, igualmente busca o amparo da Assembleia de Deus, assim como o de mais de 200 pastores de outras de igrejas diferentes.

Em contrapartida, o deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB) também tem ligações evangélicas e tem contado, a cada eleição, com o apoio de fiéis e pastores de denominações diferenciadas. Ele frequenta a Igreja Batista, mas tem separado política de religião em seus discursos.

Segundo o pastor da Primeira Igreja Batista da Paraíba, pastor Estevão, deve existir uma luta pela igreja cidadã, onde os fiéis são, antes de tudo, cidadãos e devem se envolver nas questões políticas, desde que eticamente. “Estávamos aguardando a votação do ‘Ficha Limpa’ para formular uma cartilha cidadã sobre a política, especialmente no que diz respeito às eleições. Reuniremos lideranças e pastores para formulá-la e eu serei o relator do projeto cujo título será ‘Manual Evangélico de Participação Política’”, adianta Estevão.

Mandatos com estigma cristão

No lado católico apostólico romano da balança, dois padres estão à postos o deputado federal Luiz Couto (PT) e o ex-deputado estadual e pré-candidato ao mesmo cargo Frei Anastácio (PT), apesar de não disputarem o mesmo eleitorado.
Como não terão o púlpito a seu favor, já que foram afastados de suas funções eclesiais, lhes cabe acompanhar seus rebanhos munidos de ferramentas mais comuns aos candidatos: os discursos políticos. E para o arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, a igreja deve permanecer isenta de opiniões.

“A igreja não se alia a candidatos, nem os indica. Nós publicamos uma cartilha que fala sobre os partidos políticos. Não se fala nos perfis de candidatos, nem se interfere na escolha livre das pessoas”, afirma.

De acordo com o deputado Luiz Couto, a Igreja Católica deveria se envolver mais nas questões políticas, ao invés de se abster, como recomenda o papa Bento XVI.
“A relação entre política e religião é natural. Você pode exercer sua função de sacerdote, sem que isso interfira no seu discurso político. Eu consigo trabalhar as duas dimensões com muita clareza. Como sacerdote e como político. Na religião, minha busca é pelo trabalho espiritual; na política, minha busca é por uma sociedade justa”, argumenta.

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Jornal da Paraíba

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