VIDA URBANA
População deve ajudar no combate
Imóveis fechados representam uma das maiores dificuldades encontradas pelos agentes de vigilância sanitária.
Publicado em 22/01/2012 às 6:30
Apesar do poder público ser o responsável pelas ações de combate à dengue, ele não é capaz de, sozinho, reduzir o número de casos da doença. A maior parte do sucesso do trabalho de prevenção depende dos hábitos adotados pela população. Para fiscalizá-los, a Gerência de Vigilância Ambiental coordena uma equipe de 161 agentes, que visitam periodicamente 166.864 imóveis da zona urbana e 11.340 na zona rural e distritos.
De acordo com a gerente de Vigilância Ambiental em Saúde, Maria José dos Santos Oliveira, o que mais tem preocupado é a quantidade de imóveis encontrados fechados no momento da visitação. Isso tem feito com que cerca de 25% acabem não sendo vistoriados.
“Um imóvel fechado localizado em uma rua onde todos os moradores fazem a sua parte para prevenir a dengue, acaba neutralizando a ação de quem faz seu dever. Isso porque um único foco é capaz de espalhar a doença por vários quarteirões”, explica a gerente. As pessoas que trabalham ou estudam e deixam as suas casas fechadas durante o dia, podem ligar para o número (83) 3310-7062 para agendar um horário de visita.
Nas visitas aos imóveis, os agentes realizam um trabalho de combate às larvas do mosquito, através do uso de larvicida, peixamento e recolhimento de pneus e orientam a população sobre os riscos de deixar depósitos com água sem os devidos cuidados.
No primeiro Levantamento do Índice de Infestação Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), foi detectado que 1% das residências visitadas possuía focos do mosquito. Em 73,5% dos casos, as larvas foram encontradas em depósitos como tonéis, tanques e cisternas.
A partir da próxima segunda-feira, a Vigilância Ambiental pretende concentrar suas ações educativas e de combate em três bairros que apresentaram o índice LIRAa elevado: Vila Castelo Branco, Jardim Continental e Nova Brasília. “Vamos novamente pedir o apoio da população para que tenhamos um verão sem epidemia. A combinação de sol e chuva cria condições ideais para o mosquito se proliferar, mas nós temos que criar barreiras para que isso não aconteça”, disse Maria José Santos.
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