icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

População do interior vive rotina de assaltos

Morar no interior da Paraíba não é mais sinônimo de tranquilidade.

Publicado em 14/07/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:29


Morar no interior da Paraíba não é mais sinônimo de tranquilidade. Antes considerado o local ideal para quem queria viver afastado de problemas dos centros urbanos, as cidades pequenas passaram por transformações e também estão enfrentando problemas relacionados com a violência. Na região polarizada por Campina Grande, assaltos e invasões a residências têm ocorrido com frequência. Só nos últimos 15 dias, sete casas foram invadidas e uma agência dos Correios assaltada na região.

Os moradores estão assustados com a insegurança, que afeta principalmente as cidades que são patrulhadas pelo 10º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento em 12 municípios do entorno de Campina Grande.

Um exemplo disso é a cidade de Lagoa Seca, localizada a 6km de Campina Grande. De acordo com a população, nos últimos seis anos, a violência tem aumentado significativamente na cidade, e os moradores vivem assustados. Na zona urbana, as casas estão com os muros mais altos e portões fechados. Na na zona rural, vários proprietários estão colocando grades nas portas, janelas e ao redor das casas para evitar roubos.

Segundo o operador de máquinas industriais Natanael Oliveira Cavalcante, 18 anos, morador do sítio Covão, nos últimos anos várias pessoas estão sendo assaltadas nas estradas.

Geralmente os bandidos agem em duplas e utilizam motos de cor preta. Segundo ele, não há mais tranquilidade na zona rural de Lagoa Seca. “Antigamente a gente podia dormir com as portas das casas abertas que ninguém mexia, mas hoje em dia vivemos em pânico a todo tempo. Os bandidos ficam soltos nas ruas e a população presa em casa”, disse ele. Devido aos assaltos na região, Natanael Oliveira disse que sua família resolveu colocar grades nas portas, janelas e nos acessos da casa, aparatos até então desnecessários em cidades do porte de Lagoa Seca.

O problema de segurança da cidade não está apenas na zona rural. O comerciante Rildo José Borges, de 35 anos, que há 30 anos trabalha com o pai em um ponto comercial na área central da cidade, relatou que o estabelecimento já foi arrombado oito vezes. “Nunca fomos abordados durante o horário de trabalho, mas nos últimos anos já aconteceram oito arrombamentos, onde os bandidos entraram pelo teto e levaram tudo”, disse. O comerciante destacou que a Polícia Militar da cidade é presente e tem feito o que pode para manter a segurança da cidade, entretanto o efetivo é pequeno para atender a zona urbana e rural.

A realidade encontrada em Lagoa Seca é a mesma das outras cidades do Agreste paraibano. Vítima de um assalto há menos de um mês, a esposa do vereador de Matinhas João Guilherme ainda está assustada com a violência. Maria de Lourdes conta que um homem chegou à porta de sua casa, no sítio Geraldo, dizendo que era da polícia. Quando ela se aproximou, ele a rendeu e outros três homens armados fizeram ela e o esposo reféns. O casal foi trancado no quarto e tiveram que seguir a ordem dos bandidos de só sair do local depois de 40 minutos.

Apesar do susto, a dona de casa disse que não pretende abandonar a casa ou a vida que tem no local até pouco tempo considerado tranquilo. “Vamos pedir a Deus que não aconteça mais, mas nós não pensamos em sair daqui”, ressaltou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp