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VIDA URBANA

População leva celular extra para 'driblar' bandidos

Falta de segurança leva moradores do bairro do Bessa, em João Pessoa, a andarem com 'celular extra' para casos de assaltos.

Publicado em 11/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:14

“Assalto nos pontos de ônibus? Isso aqui já é normal. A gente já está acostumado”. É com um ar de naturalidade com a questão que a supervisora de vendas Rosângela Brito relata uma rotina da qual já foi vítima. Para ela, bem como para muitos outros moradores do bairro do Bessa, em João Pessoa, esperar o transporte coletivo nas paradas do bairro é algo que requer atenção redobrada. Tanto que muitos chegam a levar o “celular do ladrão”, para garantir que suas vidas sejam resguardadas caso sejam vítimas.

Na avenida Tertuliano de Castro, por exemplo, não é difícil encontrar quem se queixe da insegurança. A supervisora de vendas Rosângela Brito é uma delas. Ela sai de casa por volta das 8h30 para ir trabalhar e, além da bolsa e do seu celular, ela sempre leva o que ela chama de “celular do ladrão”. “Eu tenho que resguardar a minha vida. Sei que não é o mais seguro, porque se ele descobrir pode ser pior, mas é tudo o que eu posso fazer para me prevenir”, lamentou.

De acordo com a supervisora, o seu filho já foi assaltado na porta de casa após ter sido perseguido por um ladrão. Além disso, uma mulher que esperava um ônibus à sua frente também o foi.

“Um dia a gente estava aqui e, de repente, uma pessoa abraçou essa mulher e a gente não entendeu nada. Quando ele foi embora, ela falou que tinha sido vítima de um assalto”, relatou.

Assim como Rosângela, o assessor agrícola André Azevedo também considera esperar ônibus no bairro do Bessa como uma tarefa de risco. Ele já teve vários amigos assaltados e, para fugir de ser mais uma vítima, ele muda os horários de saída bem como os pontos de ônibus em qual pega o coletivo.

“Eu também espero o ônibus longe da parada, perto de lugares mais movimentados, sempre onde tem gente. Eu vejo direto gente sendo assaltada, é um bairro em que sempre tem que ter cuidado”, declarou.

Para fugirem do perigo, diversas pessoas decidem esperar o ônibus em frente a uma padaria localizada nessa rua, porém, segundo o proprietário do comércio, Reinaldo Barreto, em 2010 a padaria foi assaltada 10 vezes. Após essas ocorrências, o comerciante decidiu instalar um sistema de segurança. “É um gasto a mais. Fica caro para mim, mas, ainda assim, eu pago”, disse. O comerciante ainda relatou que a presença da padaria não inibe a atuação dos assaltantes nos pontos de ônibus.

“Diariamente eu ouço relatos de assaltos por aqui”, afirmou.

Seja de moto, a pé, ou de bicicleta, basta conversar com os passageiros que, ansiosamente, aguardam a chegada do transporte coletivo para saber que a única opção é ficar atento e rezar para que nada aconteça. Ainda segundo os moradores do bairro, dificilmente viaturas passam no local, o que, para eles, torna o local ainda mais inseguro.

De acordo com comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão de Policiamento do Bessa, capitão Alisson Moura, pelo menos três viaturas e um trio de motopatrulhamento realizam o policiamento ostensivo do bairro. “Além disso, nós temos a preocupação de fazer a ronda escolar solidária, que é o patrulhamento nas escolas do bairro”, declarou.

Ainda de acordo com o policial, o grande problema para a elucidação desses casos de roubo ainda é a falta de atitude da população com relação à prevenção bem como às denúncias.

“Nós chegamos a prender algumas pessoas, mas não encontramos testemunhas que as reconheçam. Isso complica o trabalho. Além disso, as pessoas ainda andam com seus celulares à mostra e em ruas esquisitas. É preciso que a população também faça a sua parte”, orientou.

Com relação à reincidência dos casos, o capitão afirmou que não acredita na existência de um grupo organizado nesse tipo de crime, são ações isoladas que a polícia, segundo ele, vem diariamente tentando coibir através de rondas ostensivas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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