VIDA URBANA
População lota policlínicas
Com oferta rápida de atendimento médico e de realização de exames, os estabelecimentos atraem moradores de João Pessoa.
Publicado em 08/07/2012 às 16:00
A grande espera para marcar atendimentos e exames no Sistema Único de Saúde (SUS), através das Unidades de Saúde da Família (USF) e clínicas públicas, e os altos preços dos planos de saúde e clínicas particulares têm levado às filas e superlotação das policlínicas em João Pessoa.
A dona de casa Cleide Gomes foi uma das pessoas que procurou uma policlínica. Ela estava precisando fazer um Raio-X da filha, que estava há cinco dias sentindo febre, cansaço e tosse, mas não tinha plano de saúde. Ela ainda foi a um hospital infantil público, mas o atendimento ia demorar muito e ela tinha pressa.
“No Arlinda Marques só atendia urgência. Eu teria que ir no PSF [Programa de Saúde da Família], atual USF, primeiro para solicitar o exame e a previsão era de fazer o Raio-X em 15 dias ou um mês”, contou.
O período da manhã é o que mais acumula filas nas policlínicas devido à alta procura. É nesse horário, também, que existe uma maior quantidade de médicos em atendimento. “Muitas pessoas preferem tratar com o médico aqui, já que no SUS o médico não está disponível toda hora, principalmente as especialidades. Por isso, as policlínicas têm essa procura toda”, explicou o administrador da Policlínica São Luiz, Hermano Barbosa, que informou que uma médica de 300 pessoas são atendidas diariamente no local.
“Se houvesse assistência pública adequada, ninguém procuraria. Muitas vezes, para marcar uma consulta demora meses. Exames de alta complexidade também demandam muito tempo”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) na Paraíba, João Medeiros. De acordo com ele, muitos usuários não têm como pagar um plano de saúde e recorrem às policlínicas.
“Tem surgido muitas clínicas desse tipo na cidade. Isso é um sinal que a procura é grande”.
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