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VIDA URBANA

População protesta em hospital

Familiares da menina Gabriela Viegas Barbosa, de 11 anos, que morreu no Hospital do Valentina, protestaram em frente a unidade.

Publicado em 07/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:04

“Eles mataram a minha filha”. Foi com essa frase, repetida em voz baixa, que a dona de casa Luciana Gonzaga participou ontem de um protesto em frente ao Hospital Municipal do Valentina, em João Pessoa. Ela é mãe da pequena Gabriela Viegas Barbosa, de 11 anos, que morreu no último dia 3, na unidade de saúde, após tomar um medicamento chamado Berotec.

A paciente teria recebido, pelo menos, 10 doses da substância, apesar da mãe da criança alertar que a filha era alérgica ao remédio. Ontem, amigos e familiares da garota realizaram uma manifestação para cobrar justiça. A Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB ) instauraram sindicâncias para apurar o fato. A Comissão Estadual de Direitos Humanos também vai acompanhar o caso.

Na porta do hospital, os manifestantes foram recebidos por um cordão de isolamento formado por cerca de 20 guardas municipais. Não houve confronto.

Dentro do hospital, familiares de pacientes em atendimento também apoiavam o protesto. “Aqui falta tudo: de atendimento à humanidade. Até para colocar um termômetro a demora é de duas horas”, disse a dona de casa Kátia Silva.

Procurada pela reportagem, a diretora do hospital, Fernanda Lúcia Morais, não quis conceder entrevista, apesar de estar presente na unidade de saúde durante o protesto. Já o secretário municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio, após ser procurado pelo JORNAL DA PARAÍBA, decidiu ir até o hospital para conversar com os manifestantes. “Ouvimos o desabafo da família e reafirmamos nosso compromisso para apurar o caso.

Mas não podemos fazer pré-julgamentos. As duas médicas envolvidas no caso continuam fazendo atendimento no hospital”, afirmou Fulgêncio.

Outra sindicância foi instaurada por conselheiros do CRM/PB, que já foram ao hospital coletar prontuários e exames da garota. “Já estamos de posse desses documentos, para, primeiramente, entendermos o que ocorreu. Mas até agora só o que temos de concreto é que o óbito foi causado por uma cardiopatia, provavelmente, hereditária. A sindicância está em andamento e só após o término dela é que poderemos avaliar se houve erro médico”, disse o corregedor do CRM/PB, João Alberto Morais Pessoa.

Sem citar nomes, o corregedor acrescentou que mais de duas médicas estão sendo investigadas. “Não podemos punir ninguém antecipadamente. Se houver indícios muito fortes de que o profissional está prejudicando a população, temos outros meios de resolver isso. Toda documentação do hospital, prontuário e exames da criança, estão na posse do Conselho, para garantir a lisura do processo”, afirmou.

Caso o CRM/PB conclua que houve erro médico, os responsáveis poderão ser punidas com advertências ou até a cassação do diploma de medicina.

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Jornal da Paraíba

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