População reclama de serviços de saúde do SUS

Demora no atendimento, espera de até três meses para realizar e receber resultados de exames, além de falta de médicos e de medicamentos em alguns Postos de Saúde da Família (PSFs).

Estes foram alguns dos problemas apontados pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa e em Campina Grande, que, em alusão ao Dia Mundial de Saúde (comemorado hoje) opinaram sobre a qualidade do serviço público de saúde oferecido na capital.

Conforme o vendedor informal João Batista dos Santos, 61 anos, a falta de medicamentos e a burocracia para conseguir realizar exames estão entre os principais entraves. Ele, que é hipertenso e precisa tomar três comprimidos diariamente para manter a pressão arterial em níveis normais, na semana passada procurou a USF de Cruz das Armas, na capital, para pegar mais uma cartela do medicamento e foi surpreendido com a informação de que o remédio estava em falta.

“A moça que me atendeu disse que o remédio tinha acabado e que era para eu voltar outro dia. Fiquei preocupado, porque preciso tomar os comprimidos todos os dias, caso contrário, minha pressão sobe”, lamentou.

Ele disse ainda que há mais de três meses protocolou requerimento para a realização de um exame e até o momento nenhum agente de saúde lhe deu respostas. No Conjunto Funcionários II, na capital, as reclamações também são constantes. A dona de cada Lucilene Nascimento, 41, queixou-se da falta de médico nos postos de saúde.

“É muito difícil aparecer médico lá. Só tem uma que atende as pessoas uma vez por semana e, mesmo assim, trabalha de forma muito estranha. Ela não olha o exame direito, é tudo muito rápido e a gente fica sem confiança”, contou. Conforme o Ministério da Saúde (MS), uma das finalidades das USFs é facilitar o acesso da população ao serviço de saúde. (Colaborou Camila Alves)