População reclama dos banheiros públicos

Privadas quebradas, descargas com mau funcionamento e falta de manutenção. Essa é a realidade encontrada nos poucos banheiros públicos existentes em João Pessoa. Para a população, a solução é esperar até chegar em casa ou enfrentar com desconforto a situação. A Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb) da capital afirma não haver previsão de obras que objetivem mudar essa realidade.

No Centro da capital, usuários afirmam não se sentirem confortáveis para utilizar banheiros públicos, mas, muitas vezes, essa acaba sendo a única opção. Para Cristiane Silva ir a um banheiro fora de casa é a última opção. “É muito difícil eu ir nesses banheiros. Acabo esperando para ir para casa. Se tivesse mais banheiros com certeza a gente se sentiria mais à vontade para ir. Os banheiros que a cidade tem são poucos e ruins”, afirmou.

E Cristiane não é a única a perceber a precariedade dos banheiros públicos da capital. Inês dos Santos é comerciante e sempre usa o banheiro localizado no Centro Comercial de Passagem. Para ela, falta um olhar para esse lado. “O banheiro daqui é horrível. Está sempre sujo, sem água, não tem papel.

Eu só uso porque é uma necessidade e é a única opção público por aqui. Eu acho que a cidade deveria ter mais banheiros, essa é uma situação esquecida”, declarou.

Turistas que visitam a cidade também sofrem com o problema. Gilda Nunes, agricultora, está na capital para realizar exames. E foi quando passava pelo Centro que sentiu vontade de ir ao banheiro. A agricultora disse ter usado apenas por ter sido a única opção. “Eu usei o banheiro daqui da frente do banco Itaú.

Não estava sujo, mas podia estar melhor. Eu não gostei, mas quando a gente está apertada usa o que tem”, disse.

Quem passa pelo Parque Solon de Lucena, muitas vezes a única opção é entrar em alguma loja, se dirigir ao um shopping ou usar banheiros pagos, como é o caso dos localizados no próprio Parque.

A comerciante Hildene Ramos trabalha no Centro. Ela afirmou nunca ter usado um banheiro público, pois nem sabe se existe algum. “Aqui no Centro, que eu saiba, não tem banheiro público.

Eu uso esse pago. Ele é limpo. Eu acho que deveria ter mais banheiros e que a população é prejudicada por essa falta de banheiros públicos bem conservados por aqui”, afirmou.

Selma Martins também é comerciante. Ela passava pelo Centro da cidade quando sentiu vontade de ir ao banheiro e optou por um banheiro pago.

“Aqui no Centro da cidade eu nunca fui a um banheiro que não fosse pago. A nossa sorte é esse aqui, porque senão não teríamos nenhum”, lamentou a comerciante Selma Martins.