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VIDA URBANA

Postos de combustíveis de Campina Grande sofrem 804 assaltos em 6 anos

Em 2014, número de crimes a postos de combustíveis cresceu 10% em relação a 2013

Publicado em 08/01/2015 às 13:00

Eles chegam em motos, carros, bicicletas e até a pé. Anunciam o assalto, pegam o dinheiro - às vezes celulares ou cigarros - e fogem. Pouco mais de um minuto: esse é o tempo que os bandidos gastam para assaltar um posto de combustível em Campina Grande. A insegurança e a vulnerabilidade têm provocado pânico aos funcionários dos estabelecimentos. Somente no ano de 2014, foram 212 assaltos registrados na cidade, número 10% maior que no ano de 2013, quando foram contabilizados 192. Os dados são do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis (Sindrev) de Campina Grande. A entidade revela que nos últimos seis anos ocorreram 804 assaltos contra estes estabelecimentos na cidade.

O número pode ser maior, pois alguns assaltos não são registrados pelos proprietários na polícia ou informados ao sindicato da categoria, muitas vezes por envolver poucos recursos.

De acordo com o presidente do Sindrev, Bruno Agra, os donos de postos estão desesperançosos de que a situação melhore.

“Antigamente, os donos de postos sempre procuravam a polícia.

Como sabemos da dificuldade que a corporação tem em recuperar o que é roubado e combater esta prática de maneira eficaz, aos poucos eles pararam de registrar queixa. Também tem a questão do trabalho, uma vez que para poder registrar a queixa os frentistas precisam deixar o trabalho para ir prestar depoimento”, disse ele.

Preocupados com a insegurança, os representantes das categorias estão realizando reuniões desde o ano passado com o Ministério Público do Trabalho. Vai ser elaborado um Termo de Ajustamento de Conduta que exigirá providências tanto dos postos de combustíveis, quanto dos órgãos de segurança pública para reduzir a violência.

Segundo o presidente do Sindicato dos Frentistas, Evanilton Almeida, a cidade conta hoje com 46 postos de combustíveis e 682 frentistas. Com medo dos assaltos, pelo menos 20 frentistas pediram demissão após passarem por roubos enquanto trabalhavam em postos de Campina Grande, ano passado. A insegurança tem gerado dificuldades na hora de conseguir novos funcionários.

“Atualmente existem duas vagas de emprego para frentistas abertas, em Campina Grande, mas o sindicato está tendo dificuldades em encontrar pessoas para assumir o cargo. Alguns já nos procuraram interessados, mas quando ficam sabendo que vão precisar trabalhar no turno da noite, desistem, por medo”, disse Evanilton Almeida. (Especial para o Jornal da Paraíba)

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Jornal da Paraíba

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