VIDA URBANA
Postos de Saúde da Família não distribuem medicamentos
Por determinação do conselho de enfermagem, enfermeiros não estão dispensando medicamentos e moradores estão sendo prejudicados.
Publicado em 04/01/2012 às 6:30
Usuários de algumas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) de Campina Grande estão encontrando dificuldades para receber medicação nos postos do seu bairro. O problema está ocorrendo desde o mês passado quando o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) proibiu os técnicos de enfermagem e os enfermeiros de exercerem essa função, que segundo o Coren é própria dos profissionais de farmácia. Até então, praticamente todas as UBSFs dispunham de farmácias básicas.
O Centro de Saúde da Palmeira, por exemplo, agora passou a concentrar o serviço de entrega de medicamentos das UBSFs Conceição I e II, Inácio Mayer I e II, Bonald Filho I e II, Monte Santo I e II e Jeremias I e II. O morador do bairro Santa Cruz, José Pedro dos Santos, 32 anos, reclama que não conseguiu receber seus medicamentos no posto Raiff Ramalho e disse que não sabe ao certo a quem recorrer.
Segundo a gerente de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do município de Campina Grande, Luana Couto, como nem todas as UBSFs contam com auxiliar de farmácia nem com farmacêutico, a gerência teve que concentrar o serviço de distribuição de medicamentos em algumas unidades.
“Os usuários das UBSFs que não dispõem desses profissionais são encaminhados à unidades mais próximas, onde atuem um farmacêutico ou auxiliar. Nós garantimos a entrega da medicação, mediante a receita médica”, explicou Luana Couto.
A gerente também explicou que no caso do posto Raiff Ramalho, a entrega deixou de ocorrer apenas nesse momento, porque a auxiliar de farmácia da unidade saiu de férias. “Já está sendo providenciado outro funcionário para o local”, afirmou.
Luana Couto ainda enfatizou que a proibição do Coren foi imposta apenas no município de Campina Grande. “Essa proibição vai de encontro com a portaria nº. 648, que descreve as atribuições dos profissionais de Saúde da Família, sendo responsabilidade dos mesmos o atendimento integral e a continuidade do tratamento”, declarou a assistente farmacêutica.
O escritório do Coren de Campina Grande não quis se pronunciar sobre o caso e até o fechamento da matéria a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA não recebeu nenhuma resposta do Coren estadual informando porque essa decisão está valendo apenas para a cidade.
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