VIDA URBANA
Prefeitura de Campina Grande vai manter terceirização do São João
Romero diz que gestão não tem recursos para bancar festa sozinha e vai manter PPP.
Publicado em 10/07/2018 às 7:28 | Atualizado em 10/07/2018 às 11:29
A exemplo das edições de 2017 e 2018, o São João de Campina Grande de 2019 vai ser realizado por uma empresa privada. A revelação é do prefeito Romero Rodrigues. Se não for possível juridicamente prorrogar o contrato com a empresa Aliança, uma nova licitação pública vai ser feita para uma nova Parceria Público-Privada (PPP)
“O modelo de Parceria Público-Privada não tem como voltar atrás. A prefeitura não nenhuma tem condições de botar de R$ 8 a R$ 10 milhões numa festa no período de crise econômica em que vivemos”, explicou Romero.
Ele acrescentou que, em 2018, a prefeitura investiu, por meio de repasse, a empresa Aliança, R$ 2,99 milhões. Cabendo a empresa captar recursos para arcar com as demais despesas. “Antes se gastava em torno de R$ 10 milhões e, após o encerramento, os músicos ocupavam os órgãos de comunicação para cobrar o pagamento dos cachês. Hoje, não acontece mais , pois todos já receberam”, explica Romero.
Avaliação
Em meio a polêmicas, como adiamento do início da festa, decisão judicial que suspendeu a execução de músicas, incêndio em barracas e agulhadas, Romero Rodrigues avaliou como positiva a edição deste ano e sustentou que foi o ano da superação. Segundo ele, foram registrados os maiores públicos da história do São João de Campina Grande. O evento este ano durou 31 dias e movimentou a cidade, sendo um dos principais destinos nacionais no período.
“Minha avaliação é bastante positiva. Evidentemente, tivemos momentos em que foi necessário superação, onde requereu, de nossa parte, dedicação, compromisso, trabalho para superar as dificuldades e os obstáculos, mas assim o fizemos. Tivemos problemas que independeram da nossa estrutura. Nós superamos e, agora, é virar a página, fazer uma avaliação e mudar o que for necessário, sempre com o objetivo de fazer o melhor por Campina e pela Paraíba, para defender nossas tradições culturais e nossas raízes”, frisou o prefeito de Campina Grande, durante coletiva na noite de encerramento d’O Maior São João do Mundo.
Adiamento e incêndio
Romero lembrou as dificuldades enfrentadas logo no início do mês de junho, como a greve dos caminhoneiros, que levou a organização do evento a adiar a abertura, do dia 1º de junho para o dia 8, entre outros assuntos que, segundo ele, provaram a força do São João de Campina Grande, tendo sido esta uma das edições mais prestigiadas pelo público.
“Os episódios que aconteceram, desde antes, com a greve dos caminhoneiros, depois com uma decisão judicial, depois uma história inventada, com relação às agulhas... mesmo com tudo isso, nós tivemos este ano o São João mais seguro e prestigiado da história de Campina Grande. É só consultar a Central de Polícia, onde são registrados boletins de ocorrência, nenhum fato de maior gravidade dentro do Parque do Povo. Foi um São João grandioso, de muito público, muito prestigiado”, destacou Romero Rodrigues.
Economia
Outro ponto importante levantado pelo prefeito é a importância do evento para a economia da cidade, ressaltando que o período movimentou vários setores de Campina Grande e da região.
“Recebemos um público muito grande de fora da Paraíba, pessoas que elogiaram a estrutura da festa. O São João aquece o comércio da cidade e da região. Tanto dentro do Parque do Povo, como também na parte comercial e nas redondezas, restaurantes, hotéis, bares e similares, todos ganham com a grandeza da nossa festa”, disse.
A edição 2018 do Maior São João do Mundo contou com grandes atrações de renome nacional se apresentando no palco principal do Parque do Povo, entre elas, Elba Ramalho, Fagner, Wesley Safadão, Gusttavo Lima e Bell Marques.
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