VIDA URBANA
Prefeitura de CG demite fiscais e ambulantes ocupam o Calçadão
Sem fiscalização da Secretaria de Obras de Campina Grande, ambulantes que foram retirados do calçadão da Cardoso Vieira retomam o local.
Publicado em 28/11/2012 às 6:00
Durou apenas seis meses a desocupação do Calçadão da Cardoso Vieira, no Centro de Campina Grande, por parte dos ambulantes. Os vendedores, que, em sua maioria, comercializam aparelhos eletrônicos, haviam sido retirados do local no final do último mês de maio devido ao despacho assinado pelo juiz Alyrio Batista de Sousa, da 2ª Vara da Fazenda Pública, datado de 17 de setembro de 2009. Contudo, desde o meio da semana passada, eles retornaram aos antigos pontos.
Como o local não conta mais com a fiscalização dos profissionais de apoio da Secretaria de Obras do município, que tiveram seus contratos rescindidos pela pasta no início deste mês, boa parte dos ambulantes que nos últimos meses se instalaram nas calçadas no Cine Capitólio, também no Centro, voltou a comercializar seus produtos no antigo local. Para um dos comerciantes, que há mais de cinco anos vende seus produtos no Calçadão, essa volta aconteceu pela classe não ter para onde ir.
“Aqui são dezenas de pais de família que há muito tempo trabalham dessa forma. A prefeitura já veio e usou a força da polícia para nos retirar, mas nós vamos para onde? Não temos nenhum outro lugar para ir e trabalhar. A gente só quer ganhar nosso sustento vendendo nossos produtos. Na semana passada, quando vimos que os fiscais não estavam mais trabalhando, alguns foram voltando para seus antigos pontos e, aos poucos, vamos buscando nosso espaço”, contou Patrício Barbosa.
O secretário de Obras Alex Azevedo garantiu que esta semana irá enviar um ofício às Polícias Militar e Civil para que dentro dos próximos dias as corporações possam evitar que os locais continuem sendo ocupados pelos comerciantes. “Nós vamos solicitar que a determinação da Justiça seja cumprida. Eles não podem ocupar nenhuma dessas duas áreas. Por isso, vamos encaminhar um pedido de ação tanto para a Polícia Militar como também para a Civil para que isso seja resolvido o mais rápido possível”, explicou Alex Azevedo.
Ele disse também que o contrato dos servidores de apoio que fiscalizavam o Calçadão foi rescindido para evitar o comprometimento da folha de pagamento da prefeitura. “Se eles vão voltar ao trabalho ou não isso só vai depender da decisão do próximo governo já que, até o final do ano, nós não temos condições de readmiti-los”, destacou.
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