VIDA URBANA
Prefeitura de JP vai investir R$ 19,6 milhões em escolas
Publicado em 21/05/2008 às 14:39
O prefeito da capital, Ricardo Coutinho, afirmou ontem, na solenidade de assinatura dos contratos do programa “João Pessoa Faz Escola”, que cobrará das construtoras a conclusão das obras no prazo fixado. “Queremos informar a todas as empresas aqui presentes que cumpriremos as metas de pagamento até porque já temos dinheiro em caixa reservado, mas também cobraremos a conclusão delas no prazo delimitado. Não queremos chegar em fevereiro de 2009, em pleno início de ano letivo, com as obras para serem concluídas, para não transformar as escolas em um verdadeiro pandemônio”, declarou o prefeito no lançamento, responsabilizando o secretário Municipal de Infra-Estrutura, João Azevedo, pela fiscalização do prazo de conclusão, e completou: “Se houver dificuldade de concluí-las no tempo fixado, que as empresas contratem mais trabalhadores para cumprir o prazo, o que não dá é para atrapalhar o ano letivo”, sentenciou.
O programa “João Pessoa Faz Escola” investirá mais de R$ 19,6 milhões em reforma, ampliação e construção de escolas. Com verba formada por recursos próprios, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e Ministério da Educação, a Prefeitura quer entregar até dezembro deste ano a reforma e ampliação de 20 escolas, três Centros de Referência em Educação Infantil (Creis), enquanto a construção de três novas escolas chamadas de Complexo Educacional no bairro dos Ipês (R$ 1,989 milhão), Vale das Palmeiras (R$ 1,7 milhão) e da Cidade Verde (R$ 1,1 milhão) terão de ser entregues até janeiro de 2009. Completam o programa “João Pessoa Faz Escola” a reforma e ampliação do Estádio da Graça, do Parque Aquático do Centro Administrativo Municipal e a construção de novos laboratórios de informática, de ciências e de artes, 14 quadras poliesportivas e bibliotecas municipais. “A maioria das escolas estava com infra-estrutura remanescente da década de 70, sem qualquer reforma. Outras funcionando em anexo. O mais importante é que se a gestão começou com poucas obras está terminando com muito mais obras”, frisou Ricardo, ao acrescentar que o volume de alunos matriculados do ano passado para este ano aumentou em mais de dez mil. “Se houve essa migração para escolas públicas municipais é porque a população enxergou que tem melhorado a educação municipal”, avaliou.
O prefeito de João Pessoa informou que o montante de quase R$ 20 milhões serão investimentos além dos 25% determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). “É um aporte extraordinário de recursos para a área. Tenho certeza que poucas prefeituras conseguem investir esse volume. Somente estamos fazendo, porque poupamos”, lembrou. Na ocasião, Ricardo criticou os gestores do passado por não terem construído uma biblioteca municipal. “É inconcebível e um verdadeiro atraso que a capital não tenha construída uma biblioteca pública municipal ao longo de todos esses anos”, declarou.
O vereador e líder do governo municipal na Câmara, Benilton Lucena (PT), lembrou que o programa de reforma e ampliação das escolas municipais “é uma reivindicação antiga” do Sindicato dos Trabalhadores de Educação e dos diretores de escolas. “Sabemos que esse número ainda não é o desejado por professores, diretores e sindicato, até porque não queremos mais estar vivendo em anexo e casas como no bairro Cidade Verde onde 300 alunos se comprimiam. Sabemos do esforço da Prefeitura que está no caminho certo, mas queremos reforçar, pois como professor e diretor de escola que fui, sei que essas reformas têm de chegar a todas elas”, revelou o vereador.
Ontem à noite, o prefeito de João Pessoa participou de mais uma inauguração na área de infra-estrutura da capital. Com investimento de R$ 2 milhões da Prefeitura em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o esgotamento sanitário do bairro de Mandacaru terá uma extensão da rede coletora implantada de 10,1 mil metros e vai beneficiar diretamente mais de 2,1 mil unidades habitacionais.
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