VIDA URBANA
Prefeitura desconhece déficit
Levantamento da necessidade de moradias populares ainda está sendo feito pela Secretaria de Obras da cidade de Campina Grande.
Publicado em 28/07/2013 às 10:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:40
Ao falar sobre o déficit habitacional de Campina Grande, o secretário de Obras do Município, André Agra, explicou que a prefeitura não tem um número oficial sobre a demanda de habitações na cidade. Ele disse ainda que o número com o qual a gestão trabalha atualmente é entre 13 e 16 mil moradias, resultado de diferentes pesquisas a que a secretaria tem acesso.
Para reduzir essa estatística, a prefeitura está construindo cerca de 7 mil habitações populares na cidade, que o secretário espera entregar até o final do primeiro semestre de 2014.
Ainda sobre o déficit habitacional, o secretário André Agra ressaltou que essas invasões de casas inacabadas é um dos fatores que acaba por atrapalhar o trabalho da prefeitura, já que esses imóveis ocupados não são concluídos dentro do prazo previsto, deixando de beneficiar a pessoas que há tempos aguardam por uma moradia própria.
“Com o atraso desses prazos de entrega, a cidade também fica mal vista perante a Caixa Econômica Federal, que financia a maior parte desses projetos, o que dificulta a liberação de recursos para a construção de novas unidades”, salientou o titular da secretaria ao mencionar a dificuldade para obtenção de recursos para a construção de mais habitações.
Quem estiver interessado em pleitear um imóvel popular deve procurar a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), na avenida Floriano Peixoto (nº 1726), para se inscrever na lista de beneficiários.
Para isso, é necessário estar inscrito também no Cadastro Único dos programas sociais do governo Federal. Mais informações podem ser obtidas através do telefones 3310-6283 (Seplan).
INICIATIVA PRIVADA NA MIRA DE CAMPINA GRANDE
Além dos conjuntos habitacionais, a Secretaria de Obras também pretende reaver espaços pertencentes ao município que estão sendo usados de forma irregular pela iniciativa privada. Segundo André Agra, os casos mais comuns são construções de barracas em terrenos públicos, bem como construções privadas que avançam em espaços pertencentes ao poder público.
“Fizemos um levantamento dessas irregularidades e vamos retomar esses espaços de volta, pois eles são propriedade pública e podem ser úteis ao município”, ressaltou.
Conforme explica André Borba, gerente de operações fiscais da Secretaria de Obras, cerca de 50 irregularidades deste tipo foram detectadas pelo levantamento realizado pela Pasta, que está notificando os responsáveis para que realizem a demolição das construções.
“Infelizmente, a maioria das pessoas não atende à solicitação e nós temos que nos valer de ordens judiciais para realizar a demolição. A maioria dos casos que encontramos são bases de alicerces sendo feitas em terreno público para dar origem a construções, cercas e muros colocados indevidamente, bem como imóveis construídos em área de risco ”, declarou.
Segundo o gerente, esse trabalho teve início há cerca de 20 dias e deve se prolongar pelos próximos seis meses. Ele não quis dar detalhes sobre essas ocupações irregulares para não interferir no trabalho a ser realizado, mas afirmou que estão previstas ações deste tipo no Bairro das Cidades, no Belo Monte, no conjunto Cinza e no distrito de Galante.
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