VIDA URBANA
Presidente do Simed explica afastamento da negociação com Estado
Tarcísio Campos foi afastado da liderança do comando de geve dos médicos devido a acusações de partidarismo e possível negociação às escondidas com o Governo.
Publicado em 13/05/2011 às 15:20
Da Redação
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Paraíba (Simed), Tarcísio Campos, rebateu em entrevista ao programa Polêmica Paraíba, na Paraíba FM, as acusações de partidarismo, contrariando o discurso da categoria e de um provável acordo com o secretário. Acusações, estas, que levaram ao seu afastamento da liderança do comando de greve.
Ele confirmou e esclareceu o conteúdo de uma reunião com o secretário da Comunicação estadual, Nonato Bandeira, e garantiu que não fez apenas elogios à secretária da Saúde do município Roseana Meira.
Tarcísio explicou que teve pouco tempo para expor seus argumentos na sessão da Câmara Municipal, mas que disponibilizou a todos um relatório de gestão questionando os números fornecidos pela secretária. “O meu parecer é muito claro quando afirma que a atual administração da saúde de João Pessoa é caótica. Inclusive, denunciei o fechamento da maternidade Santa Maria”, disse.
Durante o programa, ainda foi levantada a hipótese de que tenha existido uma tentativa de desmoralizar o movimento através da ênfase de algumas falas específicas durante a sabatina na Câmara. “Pessoas começaram a tuitar que eu estava favorecendo o município. Aceito as críticas, mas algumas foram feitas de forma maliciosa e até caluniosas”, se defendeu.
Encontro com Nonato
Tarcísio se defendeu afirmando que o conteúdo do encontro com o secretário já havia sido divulgado pela internet, numa comunidade dos médicos e pelo Facebook, mas explicou aos ouvintes que foi convidado pelo deputado estadual Hervásio Bezerra a conversar com Nonato Bandeira e aproveitou a oportunidade por ele ser próximo ao governador.
Ele disse que apresentou a proposta que a assembleia deliberou ao secretário. “Também mostrei que o governador está indo no caminho errado, destinando R$ 5 milhões para a saúde dos municípios, dinheiro que resolveria o caso do Estado”, afirmou. Tarcísio esclareceu, ainda, que o caso da saúde do município não foi abordada no encontro, apenas a situação estadual.
A secretária das Finanças do Estado, Aracilba Rocha, também interferiu na reunião defendendo que não existem condições de ser dado reajustes à categoria devido à Lei de Responsabilidade Final. Porém, Tarcísio rebateu dizendo que o Tribunal de Contas do Estado contradiz que a Paraíba está sem dinheiro.
O procurador da república, Duciran Farena, também entrevistado na rádio, ainda afirmou que as verbas destinadas à saúde em todo o Brasil são suficientes para dar tratamento digno a toda a população. “Isso só não acontece por duas razões: desordem administrativa, abrangendo a falta de uma política pública de saúde, e corrupção”, disse.
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