VIDA URBANA
Problema no Programa do Leite afeta famílias de Santa Terezinha
Limitação na produtividade de fornecedores do leite, reduz quantidade recebida por beneficiários do Programa Leite da Paraíba.
Publicado em 31/03/2012 às 6:30
Os oito litros de leite que a dona de casa Lídia Lopes, moradora da Vila Cabral de Santa Terezinha, em Campina Grande, deveria receber por semana, foram reduzidos a no máximo dois devido aos problemas que os beneficiários do Programa Leite da Paraíba têm enfrentado nos últimos dias.
Desde a última segunda-feira que as famílias assistidas pelo programa passaram a receber irregularmente o leite, uma vez que os pequenos produtores responsáveis por entregar o produto estão encontrando limitações na produtividade que precisa ser de 750 litros por dia.
Quem explicou a situação foi o coordenador regional do Programa do Leite, Marinaldo Cardoso. Ele afirmou que o laticínio responsável por entregar o alimento não só na Vila Cabral, mas também nas comunidades de Nossa Senhora Aparecida, Porteira de Pedra e do bairro do Itararé, também estão passando por esse problema.
“Nós já comunicamos aos coordenadores estaduais do programa e uma reunião já foi feita para que o laticínio seja notificado e caso não se resolva haja a mudança de quem entrega o leite”, disse o coordenador.
Sobre a redução considerável no número de litros distribuídos entre as famílias, Marinaldo projetou que no máximo em 20 dias tudo será resolvido, uma vez que pelo menos o programa não está parado.
“O certo é cada família receber um litro por dia, o que dá seis litros por semana. Mas, por esse problema na produtividade da cooperativa responsável pela distribuição, as famílias estão recebendo dois ou três litros por semana. É pouco, mas pelo projeto exigir que pequenos produtores é que participem da distribuição, alguns não estão em condições de atender à demanda. Mas, entre 15 ou 20 dias nós esperamos que seja resolvido”, disse.
Essa irregularidade na distribuição tem deixado não apenas dona Lídia insatisfeita, mas também os outros moradores atendidos pelo programa, uma vez que muitos não têm condições de comprar o leite em supermercados ou laticínios particulares.
“Não é todo mundo que tem dinheiro para comprar um litro de leite todo dia. A gente tem criança pequena, tem gente que precisa que tudo volte ao normal para que não acabe passando necessidade, porque esse leite é muitas vezes a principal fonte de alimento de alguns vizinhos”, disse a moradora.
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